Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), África é responsável por cerca de 94% dos casos de malária em todo o mundo e por 95% das mortes causadas por esta doença transmitida por mosquitos, na maioria crianças.
O Benim, a Libéria e a Serra Leoa juntam-se, assim, a outros países africanos que já oferecem a vacina no âmbito dos seus programas de vacinação infantil, refere-se no comunicado das agências especializadas da ONU.
Desde 2019, mais de dois milhões de crianças foram vacinadas no Gana, no Quénia e no Malaui durante uma fase-piloto do programa, o que resultou numa redução significativa dos casos de malária grave e dos internamentos hospitalares.
"Com a nova vacina contra a malária, segura e eficaz, dispomos agora de uma ferramenta adicional para combater esta doença", declarou o médico Austin Demby, ministro da Saúde da Serra Leoa, citado no comunicado.
"Aliando-a a redes mosquiteiras impregnadas de inseticida, um diagnóstico e um tratamento eficazes e pulverizações no interior das habitações, nenhuma criança terá de morrer de uma infeção com malária", acrescentou.
A vacina deverá ser administrada num esquema de quatro doses. O Benim recebeu 215.900 doses, ao passo que a Libéria espera que 45.000 crianças beneficiem das 112.000 doses iniciais. A Serra Leoa dispõe de 550.000 doses.
Duas vacinas - RTS,S e R21 - recomendadas pela OMS foram acolhidas como um avanço na saúde infantil e no combate à malária.
De acordo com a OMS, o programa-piloto executado no Gana, no Quénia e no Malaui permitiu reduzir de forma drástica os casos de malária, diminuir em 13% a mortalidade infantil global e reduzir consideravelmente o número de hospitalizações.
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