O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai visitar este mês, naquela que é a sua primeira visita de Estado após a sua reeleição em março.
De acordo com o que avança a agência Tass, a visita, que será feita a convite do presidente da China, Xi Jinping, decorrerá ainda esta semana, a 16 e 17 de maio.
Putin vai "manter conversações" com o seu homólogo chinês e está também, segundo a agência estatal, prevista a assinatura de alguns documentos. O chefe de Estado russo vai visitar Pequim e Harbin.
Citado pela Tass, o Kremlin informa que Putin e Xi vão participar numa cerimónia para assinalar o 75.º aniversário de relações diplomáticas entre os dois países e na abertura dos chamados 'anos culturais'. Putin deverá também encontrar-se com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.
No âmbito das "conversações" mencionadas acima, os dois países vão discutir questões relacionadas com a parceria global e a cooperação estratégica, bem como os atuais problemas internacionais.
Os dois líderes são aliados e a sua relação faz 'tremer' o mundo, dado o eventual apoio - e reforço - que Pequim poderá vir a dar a Moscovo no âmbito da guerra na Ucrânia.
Por outro lado, esta terça-feira, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez uma visita surpresa a Kyiv. Recorde-se que Washington é um dos maiores aliados da Ucrânia no âmbito desta guerra, tendo já fornecido milhões de dólares para o combate com as tropas russas, assim como materiais e pacotes de ajuda humanitária.
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), a China continua a exportar máquinas e outros produtos que contribuem para o esforço de guerra russo na Ucrânia, entretanto, os chineses não exportam armas para a Rússia.
A China apresenta-se como uma parte neutra no conflito na Ucrânia, entretanto, declarou que mantém uma relação "sem limites" com a Rússia, em oposição ao Ocidente.
As partes também realizaram uma série de exercícios militares conjuntos e a China opôs-se consistentemente às sanções económicas contra a Rússia impostas em retaliação pela invasão russa da Ucrânia, que dura há mais de dois anos.
Rússia e China, dois países autoritários e com dimensões continentais, estão cada vez mais a entrar em conflito com as democracias ocidentais e com a NATO, mas procuram ganhar influência em África, no Médio Oriente e na América do Sul.
[Notícia atualizada às 09h57]
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