Biden opõe-se ao "reconhecimento unilateral" de Estado palestiniano

O Presidente norte-americano, Joe Biden, opõe-se ao reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, indicou hoje fonte oficial da Casa Branca.

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Lusa
22/05/2024 18:33 ‧ 22/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"[Joe Biden] acredita que um Estado palestiniano deve surgir através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral", afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano.

"O Presidente [Biden] é um forte apoiante de uma solução de dois Estados e tem-no sido ao longo da sua carreira. Acredita que um Estado palestiniano deve ser criado através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral", afirmou em reação à decisão de três países europeus de reconhecerem o Estado da Palestina.

A Espanha, a Irlanda e a Noruega anunciaram hoje que vão reconhecer o Estado da Palestina a 28 de maio, o que levou Israel a chamar os seus embaixadores nestes três países para consultas.

Os anúncios destes três países, aplaudidos pela Arábia Saudita, Jordânia e Egito, elevam para 146 o número de Estados-membros das Nações Unidas que reconhecem o Estado da Palestina.

Malta e a Eslovénia também afirmaram que poderiam dar este passo em breve, enquanto Israel criticou todas estas decisões e afirmou que terão um impacto negativo na região.

Por outro lado, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, da extrema-direita, reiterou que Israel não permitirá a declaração da Palestina como Estado.

Sobre a decisão da Espanha, Irlanda e Noruega, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que os Estados Unidos "não a compreendem", salientando que tal não contribui para a paz e estabilidade no Médio Oriente, ao contrário do que defendem estas nações.

Numa conferência de imprensa em Washington, Sullivan disse "não ter percebido a lógica" de como é que este passo melhora a situação e considerou que os três países "devem ser questionados sobre como ligam a sua ação unilateral de reconhecimento com os atuais avanços no processo de paz".

Sullivan criticou ainda que Israel retenha fundos destinados aos palestinianos como retaliação pelo anunciado reconhecimento do Estado da Palestina.

"Acho que é uma decisão estratégica errada porque reter fundos desestabiliza a Cisjordânia, prejudica a busca de segurança e prosperidade dos palestinianos, que é do interesse de Israel, e não devem ser retidos fundos que permitam fornecer bens e serviços a pessoas inocentes", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.

[Notícia atualizada às 19h55]

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