O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, anunciou a proibição do consulado espanhol em Jerusalém de prestar serviços aos palestinianos na Cisjordânia.
"Decidi cortar a ligação entre a representação espanhola em Israel e os palestinianos e proibir o consulado espanhol em Jerusalém de prestar serviços aos palestinianos na Cisjordânia", escreveu Katz numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
"Se esta pessoa ignorante e cheia de ódio quer compreender o que o Islão radical pretende realmente, deveria estudar os 700 anos de domínio islâmico em Al-Andalus, a atual Espanha", acrescenta ainda, referindo-se à vice-presidente do Governo espanhol, Yolanda Díaz, que terá feito um "apelo antissemita" ao falar de uma "Palestina livre desde o rio até ao mar" - fazendo uma referência ao rio Jordão e ao mar Mediterrâneo.
Tras el reconocimiento por parte de España de un Estado palestino y el llamado antisemita de la Vicepresidenta del Gobierno español a no conformarse con reconocer un Estado palestino "y liberar Palestina desde el río hasta el mar", he decidido cortar la conexión entre la…
— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) May 24, 2024
Esta medida é uma resposta ao reconhecimento do Estado palestiniano, que foi anunciado pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, na terça-feira.
Na sequência desta decisão, Israel chamou o embaixador em Espanha para consultas, assim como os da Irlanda e da Noruega, que seguiram o exemplo e deixou um aviso: "Terá consequências graves".
A crise diplomática entre Espanha e Israel agrava-se com a limitação da atividade do consulado espanhol na capital israelita.
As delegações consulares prestam serviços aos cidadãos nacionais deslocados no estrangeiro. Concretamente, a restrição abrange não só Jerusalém, mas também a Faixa de Gaza, onde se desenrola a maior parte da guerra contra o Hamas, e a Cisjordânia, onde se aplica a proibição, explica o ABC Espanha.
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