"O partido de Macron está a perder rapidamente as suas posições"

As palavras são do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, após questionado sobre uma potencial demissão do presidente francês, Emmanuel Macron.

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Notícias ao Minuto
11/06/2024 15:15 ‧ 11/06/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Dmitry Peskov

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou, esta terça-feira, que "é muito cedo" para falar sobre uma potencial demissão do presidente francês, Emmanuel Macron, uma vez que as eleições parlamentares em França ainda não se realizaram.

"Não creio que seja correto responder a essas perguntas porque, em primeiro lugar, as eleições [em França] ainda não se realizaram. Primeiro, temos de ver os resultados das eleições e só depois tentar analisar a situação. Nesta altura, pensamos que ainda é muito cedo", afirmou Peskov, citado pela Tass, quando questionado sobre a probabilidade da demissão de Macron.

No entanto, o porta-voz do Kremlin destacou que o Renew, o partido centrista de Macron, está a perder popularidade, considerando-o um sinal de que as pessoas não estão satisfeitas. "Observamos certas tendências. Sim, o partido de Macron obteve metade dos votos da aliança de direita [nas eleições para o Parlamento Europeu]. O partido de Macron está a perder rapidamente as suas posições, o que significa que os franceses desaprovam alguma coisa", frisou Peskov.

Recorde-se que o presidente francês, Emmanuel Macron, excluiu a possibilidade de se demitir "seja qual for o resultado" das eleições legislativas antecipadas convocadas após a derrota do seu partido nas eleições europeias, numa entrevista publicada esta terça-feira pelo Le Figaro.

Macron disse ainda estar novamente disposto a debater com Marine Le Pen, a líder dos deputados de extrema-direita na Assembleia Nacional dissolvida. 

As declarações aconteceram depois de ter anunciado, no domingo, a dissolução da Assembleia Nacional, depois de as primeiras projeções para a maioria dos meios de comunicação social franceses indicarem que a União Nacional (Rassemblement National, RN na sigla francesa), formação de extrema-direita, obteve 31,5%, quase um terço do total. 

Leia Também: Macron exclui demissão "seja qual for o resultado" das legislativas

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