A guarda costeira de Taiwan disse na segunda-feira que o homem de 60 anos, de apelido Ruan, foi detido no domingo, no rio Tamsui, que passa pela capital, Taipé, e desagua no estreito de 160 quilómetros que separa a ilha da China.
Os antecedentes militares do homem, identificado como um antigo oficial da marinha chinesa, levantaram suspeitas de que a viagem poderia ter sido uma tentativa da China de testar as capacidades de deteção e defesa de Taiwan.
"Este foi um comportamento puramente pessoal", disse hoje Chen Binhua, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, o executivo da China.
As autoridades do Partido Democrático Progressista, no poder em Taiwan, "não precisam de ser paranoicas, fazer barulho e envolver-se em manipulação política", disse Chen, em resposta a uma pergunta numa conferência de imprensa.
O Estreito de Taiwan é um ponto de trânsito fundamental para o comércio global, mas também é conhecido por fortes ventos e marés, originando especulações sobre se o pequeno barco pilotado por Ruan conseguiu chegar sozinho da costa chinesa ou se terá sido lançado a partir de um navio maior.
Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) - é governada autonomamente desde o fim da guerra, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, que considera uma província rebelde para cuja "reunificação" não exclui o recurso à força.
A questão de Taiwan é um dos principais pontos de fricção entre Pequim e Washington, uma vez que os EUA são o principal fornecedor de armas a Taipé e podiam defender a ilha em caso de conflito.
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