Os feridos foram levados para hospitais em ambulâncias, alguns com ferimentos nas pernas ou no abdómen, de acordo com a agência noticiosa francesa.
O protesto em frente ao parlamento visava contestar a transferência de aldeias fronteiriças para o Azerbaijão.
O Ministério da Administração Interna do país do Cáucaso informou que 60 dos vários milhares de manifestantes tinham sido detidos por "desobedecerem a pedidos legítimos da polícia".
O protesto contra Pachinian é liderado pelo carismático arcebispo Bagrat Galstanian, que hoje se dirigiu à multidão, denunciando as cedências de território ao Azerbaijão, o que considera "ilegais".
O arcebispo denunciou as "concessões unilaterais e humilhantes" da Arménia.
Aos deputados, Nikol Pachinian assegurou que o país estava pronto a assinar um acordo de paz com Baku "dentro de um mês".
O chefe do Governo defendeu a recente cedência de quatro aldeias fronteiriças ao Azerbaijão como uma concessão necessária para evitar um novo conflito.
Os dois países travaram duas guerras, uma na década de 1990, ganha pela Arménia, e a segunda em 2020, ganha pelo Azerbaijão. Baku também obteve uma vitória relâmpago em 2023 sobre os separatistas arménios em Nagorno-Karabakh, recuperando o controlo deste enclave.
Esta derrota fragilizou as relações entre a Arménia e o seu aliado tradicional, a Rússia, que Erevan acusou de inação.
Pachinian declarou hoje que o seu país iria abandonar a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), uma aliança militar de países da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), liderada por Moscovo, sem, porém, avançar uma data concreta.
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