ONU e Estados-membros apelam a hutis para libertarem trabalhadores

A Organização das Nações Unidas e vários Estados-membros apelaram hoje à libertação dos trabalhadores humanitários da ONU e de outras organizações que foram detidos "arbitrariamente" pelos rebeldes hutis no Iémen.

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© Mohammed Hamoud/Anadolu via Getty Images

Lusa
13/06/2024 17:54 ‧ 13/06/2024 por Lusa

Mundo

Hutis do Iémen

A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, que falava em nome de cerca de 40 países, condenou "veementemente" as detenções destes funcionários iemenitas da ONU e das Organizações Não-Governamentais (ONG) nas regiões controladas por estes rebeldes apoiados pelo Irão.

"Exigimos a libertação imediata e incondicional de todos os detidos e apelamos aos hutis para que garantam a segurança do pessoal humanitário e da ONU", acrescentou.

"Nas últimas duas semanas, as autoridades houthis prenderam 13 colegas que trabalham para as Nações Unidas, cinco membros de ONG internacionais e muitos outros de ONG nacionais e da sociedade civil", disse Edem Wosornu, chefe do Gabinete Humanitário da ONU (Ocha), ao Conselho de Segurança.

"Claramente, a situação é preocupante", acrescentou, apelando à "libertação imediata" destes trabalhadores humanitários, apesar de a ONU ainda não ter conseguido descobrir exatamente onde estão ou em que condições estão detidos, como é o caso de outros quatro funcionários da ONU detidos desde 2021 e 2023.

Os hutis justificaram as detenções da semana passada com o desmantelamento de uma "rede de espionagem americano-israelita", enquanto desde novembro realizam ataques ao largo da costa do Iémen contra navios ligados, na sua opinião, a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza no contexto da guerra entre Israel e o Hamas.

"As Nações Unidas estão no terreno para ajudar os iemenitas. Estas detenções arbitrárias não são o sinal que se espera de um ator que procura uma solução mediada para o conflito", acrescentou o enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg.

Hans Grundberg exprimiu igualmente preocupação com o risco de um recomeço das hostilidades no país, que se encontra num período calmo após uma trégua negociada em abril de 2022 pelas Nações Unidas, que expirou oficialmente.

"Se as partes continuarem no seu atual caminho de escalada, a questão não é se, mas quando as partes retomarão a escalada no campo de batalha", advertiu, referindo-se a um aumento dos confrontos localizados e "ameaças constantes de todos os lados para recomeçar a guerra".

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