Espiões israelitas terão vivido durante vários dias em Gaza, fingindo tratar-se de palestinianos, por forma a chegar aos quatro reféns que foram libertados na semana passada.
Segundo reporta o NY Post, o grupo de espiões, onde se inclui mulheres que se vestiram de preto e vestiram hijabs, alugou uma casa num bairro junto a Gaza, onde os quatro reféns estavam presos. Aí, viveram durante vários dias, tentando ganhar a confiança dos locais, para conseguir concluir a sua missão de salvamento.
Estes infiltraram-se no campo de refugiados de Nuseirat, na esperança de confirmar que Noa Argamani, de 26 anos, e três homens estavam ainda vivos e detidos na zona.
Vestindo roupas típicas palestinianas e usando sotaques árabes de Gaza, um grupo conseguiu passar pela casa onde Argamani estava detida, enquanto outro grupo observava secretamente o local onde Almog Meir Jan, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv estavam detidos num edifício vizinho.
Assim que a presença dos reféns foi confirmada, 28 comandos da unidade de elite antiterrorista da polícia de Yamam começaram a treinar para o resgate.
Recorde-se que as forças especiais israelitas libertaram os quatro reféns detidos em Nuseirat, no centro de Gaza, no sábado.
A operação de salvamento foi a maior da guerra, levando de volta a Israel três homens e uma mulher que tinham sido raptados no festival, no dia 7 de outubro.
Noa Argamani, 25 anos, Almog Meir Jan, 21 anos, Andrey Kozlov, 27 anos, e Shlomi Ziv, 40 anos, são os resgatados deste sábado, numa operação que, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, foi “preparada ao longo de várias semanas”.
O resgate aconteceu numa altura em que os ataques israelitas e os ataques aéreos na mesma zona mataram pelo menos 210 palestinianos, incluindo crianças.
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