"A UE condena o bombardeamento que danificou o escritório do CICV em Gaza e causou dezenas de vítimas. É necessária uma investigação independente e os responsáveis devem ser chamados a prestar contas", escreveu Borrell nas redes sociais.
O bombardeamento, na noite de sexta-feira, terá provocado pelo menos 22 mortos.
O exército israelita foi acusado do ataque, mas um porta-voz militar respondeu que não há registo de operações na zona.
Na sua mensagem, Borrell recorda ainda que "a proteção dos civis é uma obrigação prevista nas Convenções de Genebra e que todas as partes em conflito", referindo-se a Israel e ao Hamas, têm de a cumprir.
O ataque, com "projeteis de grande calibre" que causaram 22 mortos e 45 feridos, segundo a organização humanitária, ocorreu próximo das instalações CICV, que está rodeada por centenas de deslocados.
"Este incidente causou um fluxo em massa de vítimas ao hospital de campanha da Cruz Vermelha, nas proximidades", detalhou o CICV numa nota nas redes sociais em não especificou os autores do ataque.
O Exército israelita intensificou na sexta-feira os seus ataques na Faixa de Gaza, nos quais pelo menos 30 palestinianos foram mortos, segundo dados das autoridades de Gaza, enclave controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas,
Mais de 1,5 milhões de pessoas estão deslocadas desde 07 de outubro de 2023 neste enclave palestiniano devido ao conflito entre Israel e o Hamas.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Telavive lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 37 mil mortos e mais de 85 mil feridos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas desde 2007.
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