O Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, foi um dos primeiros líderes a reagir à notícia: "Congratulo-me com a libertação de Julian Assange da prisão. Pelo menos, neste caso, a Estátua da Liberdade não é um símbolo vazio; está viva e feliz".
López Obrador referia-se com esta mensagem à declaração de fevereiro, quando sugeriu que os Estados Unidos "transferissem" a Estátua da Liberdade de Nova Iorque para o México, onde "há liberdade", devido ao caso do fundador da WikiLeaks.
Claudia Sheinbaum, presidente eleita do México e ex-chefe de governo da capital federal, recordou que em fevereiro entregou as chaves da cidade à família de Julian Assange.
"A longa e cruel punição imposta a ele por suas denúncias de crimes vai permanecer na memória do povo como prova de quão pouco os carcereiros acreditam na liberdade de imprensa", disse hoje o presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez.
#AssangeLibre. El largo y cruel castigo que le impusieron por sus denuncias de los crímenes imperiales, quedará en la memoria de los pueblos como prueba de cuán poco creen sus carceleros en la libertad de prensa. pic.twitter.com/pjofxpJ7T2
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) June 25, 2024
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também saudou a libertação de Assange, que descreveu como um "exemplo de coragem e bravura na batalha pela verdade".
En nombre del pueblo de Venezuela abrazamos y felicitamos a Julian Assange por su liberación. Es el triunfo de la libertad y la lucha de la humanidad por el respeto de los Derechos Humanos. Assange es ejemplo de coraje y valentía en la batalla por la verdad. ¡La justicia siempre… https://t.co/XoTuKq1zL7 pic.twitter.com/HJevpwRHwZ
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) June 25, 2024
O Chefe de Estado da Colômbia, Gustavo Petro, felicitou Julian Assange, sublinhando o papel do fundador do WikiLeaks na denúncia do "massacre de civis" no Iraque.
Felicito a Julian Assange por su libertad.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) June 25, 2024
La prisión eterna de Assange y su tortura era un atentado contra la libertad de prensa a escala global.
Denunciar la masacre de civiles en Irak por parte de la acción bélica de EEUU fue su crimen, ahora la masacre se repite en Gaza… pic.twitter.com/kT3GCM8ytq
O antigo Presidente boliviano, Evo Morales, manifestou-se no mesmo sentido.
Nos alegra mucho la libertad de Julian Assange. Estuvo preso muchos años por exponer ante el mundo los crímenes de los Estados Unidos. Nos ayudó a develar y desmantelar las mentiras sobre las que justifican guerras e invasiones.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) June 25, 2024
Es un día de alegría para la lucha por la paz y la… pic.twitter.com/d2XeLUW8Fh
Na Austrália, o primeiro-ministro, Anthony Albanese, congratulou-se com a libertação de Julian Assange, que é cidadão australiano.
"Não há nada a ganhar com a prisão dele e queremos que ele regresse à Austrália", disse Albanese numa sessão de supervisão parlamentar em Camberra, referindo-se ao ativista de 52 anos.
The Australian Government has consistently said that Mr. Assange’s case has dragged on for too long, and that there is nothing to be gained by his continued incarceration.
— Anthony Albanese (@AlboMP) June 25, 2024
We want him brought home to Australia. pic.twitter.com/1Ju5u88cH9
O antigo líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn, numa mensagem concisa, sublinhou que "Julian Assange é livre" considerando que "expôs os crimes dos poderosos".
As reações surgem poucas horas depois de o site WikiLeaks ter anunciado que Assange deixou a prisão britânica de alta segurança onde se encontrava detido e deixou o Reino Unido com o objetivo de regressar à Austrália.
"Julian Assange está livre. Saiu da prisão de segurança máxima de Belmarsh (Reino Unido) na manhã de 24 de junho, depois de lá ter passado 1.901 dias", declarou a WikiLeaks nas redes sociais.
Assange vai comparecer na quarta-feira num tribunal das Ilhas Marianas, território norte-americano no Pacífico, para finalizar um acordo de confissão de culpa alcançado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O sistema judicial norte-americano acusou Assange de 18 crimes de violação da Lei de Espionagem por causa de uma das maiores fugas de informação secreta na história dos Estados Unidos em 2010, que revelou segredos das guerras no Iraque e no Afeganistão, bem como dados sobre os detidos na base da Baía de Guantánamo, entre outros.
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