Israel pede aos EUA mais rapidez no fornecimento de munições

Israel pediu aos Estados Unidos que acelerassem o fornecimento de munições ao país, que está em guerra com o grupo extremista palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, anunciou hoje o exército israelita.

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© Alexi J. Rosenfeld/Getty Images

Lusa
28/06/2024 13:46 ‧ 28/06/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O pedido foi feito pelo vice-chefe do Estado-Maior israelita, general Amir Baram, que se deslocou esta semana a Washington para reuniões no Pentágono, a sede da defesa norte-americana.

Baram discutiu com altos responsáveis norte-americanos “a forma de acelerar o ritmo de fornecimento das munições necessárias”, disse o exército israelita num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

O exército israelita limitou-se a acrescentar que as duas partes chegaram a acordo sobre “mecanismos conjuntos de aceleração e de controlo”.

O pedido de Israel ao principal aliado foi feito no meio da guerra em Gaza, iniciada em outubro de 2023, e da escalada de tensões com o Líbano.

Israel planeou a visita aos Estados Unidos, liderada pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, que Baram acompanhou, para descongelar um carregamento de bombas pesadas que tinha sido retido.

“Fizemos progressos significativos no que se refere ao aumento da força e ao fornecimento de munições ao Estado de Israel”, declarou Gallant na quarta-feira.

A administração norte-americana tem-se mostrado relutante em fornecer a Israel mais bombas de alta tonelagem, que podem causar baixas indiscriminadas em zonas densamente povoadas como Gaza.

De certa forma, segundo a EFE, as reuniões com o Pentágono demonstraram o difícil entendimento entre os dois aliados, após quase nove meses de ofensiva ininterrupta em Gaza, com mais de 37.700 mortos.

A este cenário de guerra vem juntar-se o fogo cruzado na fronteira norte de Israel com o Hezbollah pró-Irão, que não só continua, como ameaça transformar-se numa guerra total.

O grupo xiita disparou na quinta-feira pelo menos 35 foguetes contra o norte de Israel, depois de três dos seus membros terem sido mortos em vários ataques israelitas.

A região vive um dos momentos mais tensos e o Governo israelita está consciente de que o seu futuro depende das relações que mantiver com Washington, cuja posição pode mudar em função das eleições presidenciais de novembro.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo Israel.

Leia Também: Direita chumba projeto para impedir uso de portos para armas para Israel

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