Num editorial publicado na sexta-feira à noite intitulado "Para servir o país, o presidente Biden deve abandonar a corrida" à Casa Branca, o New York Times descreveu Joe Biden como "a sombra de um líder", depois de o Presidente de 81 anos ter "falhado o seu próprio teste".
"O sr. Biden tem sido um presidente admirável. Sob a sua liderança, a nação prosperou e começou a enfrentar uma série de desafios a longo prazo, e as feridas abertas pelo Sr. Trump começaram a cicatrizar", começa por escrever o New York Times.
"Mas o maior serviço público que Biden poderia prestar hoje seria anunciar que não se recandidata", pode ler-se ainda.
Irreconhecível, Joe Biden engoliu palavras, não terminou certas frases e ficou a olhar para o vazio durante o duelo televisivo de quinta-feira contra o seu antecessor republicano.
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O debate provocou um sobressalto político entre os democratas devido ao mau desempenho de Biden, com muitos analistas tradicionalmente alinhados com este partido a apelarem à sua substituição como candidato nas eleições de 05 de novembro.
Joe Biden, admitiu na sexta-feira não falar, nem debater, "tão bem como antes", mas advogou que está apto para mais quatro anos de mandato, após uma atuação muito criticada no debate presidencial de quinta-feira.
"Dou-lhes a minha palavra. Não concorreria novamente se não acreditasse, com todo o meu coração e toda a minha alma, que posso fazer este trabalho", disse o Presidente dos Estados Unidos aos seus apoiantes em Raleigh, na Carolina do Norte, um estado que "pretende vencer".
As declarações de Biden surgem na sequência de uma performance muito criticada por analistas num debate contra o seu rival republicano, Donald Trump, na noite de quinta-feira, o primeiro entre ambos antes das eleições de novembro.
Esta não é a primeira vez que Biden e Trump se enfrentam num debate televisivo: o primeiro do ciclo eleitoral de 2020, quando o republicano perdeu a Casa Branca, atraiu mais de 73 milhões de norte-americanos.
No entanto, o debate de setembro de 2016 entre Hillary Clinton e Trump durante as eleições de 2016 foi o mais visto na história do país, com mais de 84 milhões de telespetadores.
Trump irrompeu na cena política nacional há sete anos, depois de derrotar Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e representante da elite política democrata.
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