Segundo o editor Arezki Ait-Larbi, que dirige a editora Koukou, a polícia entrou de rompante na livraria, no sábado à tarde, no início da apresentação do livro "La Kabylie en partage" e deteve todas as pessoas que se encontravam na sala, incluindo a autora, o seu marido, ele próprio e o livreiro".
"Fomos levados para a esquadra da polícia e libertados por volta das 20 horas", acrescentou o editor da obra.
As razões da rusga policial à Livraria Gouraya não foram reveladas.
"La Kabylie en partage, dans l'intimité des femmes", publicado e vendido na Argélia, relata as memórias de Dominique Martre de uma aldeia na Kabylia nos anos 70, e conta a história das mulheres nesta região do norte da Argélia.
Hoje, a escritora "ainda se encontrava em Béjaïa, sem restrições de liberdade", informou a sua editora.
"Não temos qualquer explicação para esta proibição, mas o livro está a ser vendido em todas as livrarias", comentou Ait-Larbi, adiantando que, na semana passada, a autora apresentou o seu livro em Argel "sem qualquer problema".
A editora Koukou já foi objeto de censura nos últimos anos na Argélia. Em 2022, a editora informou que 12 dos seus livros, principalmente sobre temas políticos, tinham sido proibidos na principal feira do livro da Argélia, a SILA.
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