O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comentou a visita do primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán à Ucrânia, a primeira em 12 anos, salientando que este é "um sinal" da "importância da unidade na Europa".
Esta também é a primeira vez que Órban se desloca a território ucraniano durante a guerra, ainda que seja o único líder dos países da União Europeia (UE) que é considerado próximo de Moscovo e do presidente russo, Vladimir Putin.
"Notavelmente, [a visita] surge logo após a Hungria assumir a presidência da UE. Este é um sinal claro para todos nós da importância da unidade na Europa e da tomada de medidas coletivas", destacou Zelensky no seu discurso diário, transmitido em vídeo e divulgado nas suas redes sociais.
O líder ucraniano revelou ainda que foi discutido "o caminho para uma paz justa e duradoura" na sequência da invasão russa na Ucrânia, agradecendo ainda a participação da Hungria na Cimeira da Paz.
"Fizemos bons progressos e haverá mais por vir", salientou Zelensky.
Por fim, Zelensky realçou os "positivos" resultados bilaterais e as "relações mais concretas e transparentes" entre os dois países, o que reflete "interesses mútuos".
"Acordámos vários pormenores económicos e políticos. É importante que esbocemos as nossas relações e conquistas num novo acordo que defina as relações de boa vizinhança entre a Ucrânia e a Hungria", finalizou.
Prime Minister Viktor Orbán’s visit to Ukraine is the first in many years and during the war. Notably, it comes right after Hungary assumed the EU presidency. This is a clear signal to all of us of the importance of unity in Europe and taking collective steps.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 2, 2024
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De recordar que Orbán esteve esta terça-feira em Kyiv, naquela que foi a sua primeira visita oficial à Ucrânia desde a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Orbán, sublinhe-se, é o único líder dos países da União Europeia (UE) que é considerado próximo de Moscovo e do presidente russo, Vladimir Putin. Na segunda-feira, assumiu a presidência rotativa de seis meses do Conselho da UE, que iniciou negociações para a adesão da Ucrânia, e hoje viajou até à Ucrânia pela primeira vez em 12 anos.
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