De acordo com a pesquisadivulgada pelo jornal israelita Maariv, 24% dos entrevistados são a favor de Ben-Gvir como sucessor de Netanyahu. O ministro é um colono antiárabe que, na semana passada, pediu a execução dos prisioneiros palestinianos, num vídeo transmitido pelos meios de comunicação israelitas.
"As balas deveriam ser disparadas contra a cabeça dos prisioneiros, em vez de lhes dar mais comida", disse Ben Gvir no vídeo, que em janeiro de 2023 já propunha uma lei de pena de morte apenas para os palestinianos e que foi aprovada em primeira leitura dois meses depois.
Cerca de 14% dos inquiridos preferem o antigo diretor da Mossad (serviços de informação) Yossi Cohen como sucessor de Netanyahu, enquanto 11% optaram por Bezalel Smotrich, outro colono antiárabe que atualmente é ministro das Finanças.
A pesquisa também projeta que, se as eleições fossem realizadas agora, o partido de centro-direita Unidade Nacional, liderado por Benny Gantz, seria a força mais votada, com 24 cadeiras, contra as 20 que o Likud (partido de Netanyahu) alcançaria.
No entanto, se fosse formado um novo partido de direita que incluísse o ex-primeiro-ministro Naftali Bennet (que há semanas ameaça regressar à política) juntamente com Yossi Cohen, Avigdor Liberman (o líder do partido laico de direita Yisrael Beitenu) e outros líderes da direita israelita, essa seria a força com mais votos, com 27 cadeiras.
Numa hipotética escolha entre Gantz e Netanyahu para liderar o país, o líder da Unidade Nacional ganharia por cinco pontos percentuais do atual primeiro-ministro (43% contra 38%), mas entre Bennet e Netanyahu a diferença seria ainda maior, de 13 pontos (48% contra 35%).
Na segunda-feira, um dos líderes da direita anti-Netanyahu, Gideon Saar, garantiu que Bennet - que em 2021 conseguiu colocar fim aos 12 anos ininterruptos de governos de Netanyahu, com um breve Executivo de coligação que se desfez ao fim de dois anos - pretende regressar à política.
O seu regresso poderá dar um impulso à alternativa a Netanyahu, num contexto de constantes protestos contra o primeiro-ministro e aos apelos à sua demissão e à convocação de eleições antecipadas.
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