Polícia do Paquistão nega detenção do líder do partido de Imran Khan

A polícia paquistanesa negou hoje a detenção do líder do partido do antigo primeiro-ministro paquistanês Imran Khan, Gohar Ali Khan, anunciada pelas televisões locais.

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© Getty Images

Lusa
22/07/2024 10:53 ‧ 22/07/2024 por Lusa

Mundo

Gohar Ali Khan

Notícias divulgadas hoje indicavam que Ali Khan, que é advogado, teria sido detido em Islamabad durante uma operação da polícia nas instalações do partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), formação da oposição cujo Governo pretende conseguir a sua proibição.

 

A polícia negou à agência de notícias AFP ter detido hoje o líder do partido de Imran Khan - antigo primeiro-ministro paquistanês detido há cerca de um ano -, mas confirmou ter realizado buscas nas instalações deste partido da oposição e detido um outro responsável.

A fonte disse à AFP, sob anonimato, que Khan não havia sido detido nessa operação. No entanto, confirmou a detenção de Raoof Hassan, um dos membros fundadores do PTI, responsável pelo departamento de imprensa.

A polícia impediu o acesso às instalações do PTI e levou membros do partido em carrinhas, declarou um jornalista da AFP.

O Governo paquistanês pretende conseguir a proibição do partido político de Imran Khan, declarou na passada segunda-feira o ministro da Informação do país, após decisões judiciais terem sido favoráveis ao antigo primeiro-ministro paquistanês.

Imran Khan, de 71 anos, tem estado envolvido numa série de processos judiciais desde que deixou o poder em 2022, numa campanha que, segundo o político, visa impedi-lo de regressar aos negócios.

Continua preso, mas foi recentemente absolvido de uma pena de sete anos de prisão por casamento ilegal ao abrigo da lei islâmica. O Supremo Tribunal concedeu também ao PTI cerca de vinte lugares adicionais no Parlamento.

Essas decisões foram vistas como um grande golpe para o Governo de coligação do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.

Os candidatos do PTI conquistaram o maior número de lugares nas eleições legislativas de fevereiro, mas estas foram ganhas por uma coligação de partidos considerados próximos do exército.

Leia Também: Governo do Paquistão quer interditar o partido de ex-primeiro-ministro

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