Após a aprovação que decorreu durante a reunião anual da UNESCO, em Nova Deli, o mosteiro - um dos mais antigos na Palestina (século III) - foi de imediato inscrito na lista de "património em perigo".
Em dezembro, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) tinha manifestado "profunda preocupação" pelos efeitos dos "combates" no património cultural na Palestina.
Na altura, o organismo comunicou "a todas as partes" que os bens culturais não devem ser alvo de ataques bélicos.
A nomeação que confere "alto grau de imunidade" ocorre após a UNESCO ter declarado a inscrição do monumento, no final do ano passado, na lista especial "com caráter de urgência".
Assim, a nomeação proporciona acesso a fundos financeiros adicionais da UNESCO e aumenta o "nível de consciencialização" sobre o estado de conservação do monumento.
O mosteiro de Santo Hilário é o quinto monumento localizado na Palestina a figurar como Património da Humanidade e o terceiro a ser inscrito como património em risco.
Apesar de aprovar a nomeação, a UNESCO indicou que os especialistas ainda não "conseguiram avaliar" o estado em que se encontra atualmente o local pelo que pediu à delegação da Palestina, membro do organismo desde 2011, que facilite a investigação para análise na reunião que se realiza em 2025.
O mosteiro de Santo Hilário, na estação arqueológica de Tell Umm Amer, fica situado no sul de Gaza, e foi fundado no século III tendo sido alvo de destruição no ano 614.
No local encontram-se ainda as ruínas de duas igrejas, um batistério, um cemitério público, uma sala de audiência e refeitórios.
A organização define o local como "excecional testemunho e único do cristianismo em Gaza" destacando que se transformou "num ponto cosmopolita" situado numa antiga "rota comercial".
Outros locais considerados Património da Humanidade são a Basílica da Natividade e o Caminho da Peregrinação, em Belém (Galileia); a antiga cidade de Jericó; Hebrom, e a colina de Battir, na zona sul de Jerusalém.
A cidade antiga de Hebrom e Battir também figuram na lista de património em perigo.
Leia Também: Biden pede a Netanyahu para concluir acordo de cessar-fogo