O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitou esta segunda-feira os Montes Golã, palco de um recente ataque que fez 12 mortos, principalmente jovens e crianças, e que Telavive - e os Estados Unidos - atribuem ao Hezbollah do Líbano, ainda que o movimento islamita libanês negue qualquer envolvimento.
A "resposta de Israel chegará, e será pesada", prometeu Netanyahu, citado pela agência Al Jazeera.
O primeiro-ministro de Israel disse à comunidade local que não deve perder a esperança "face aos atos de assédio pelo eixo malévolo do Irão e do Hezbollah".
Segundo a Al Jazeera, centenas de residentes da aldeia de Majdal Shams terão recusado a visita de Netanyahu, tentando evitar que entrasse na mesma e chamando-o fascista e criminoso.
Esse momento pode alegadamente ser visto num vídeo publicado nas redes sociais e verificado pela Al Jazeera, em que residentes criticam a presença de Netanyahu.
מהומות בזמן ביקור רה"מ נתניהו במג'דל שמס: "החוצה, איפה הביטחון?" pic.twitter.com/3kEKCMkNy6
— ישראל היום (@IsraelHayomHeb) July 29, 2024
Segundo Israel, um foguete disparado do Líbano contra um campo de futebol na cidade de Majdal Shams matou sábado 12 jovens, com idades entre os 10 e os 16 anos, e feriu cerca de 30 outras pessoas.
Tratou-se, de acordo com Israel, de um foguete iraniano do tipo Falaq, com uma ogiva de 53 quilos. O Hezbollah, que nega ser responsável pelo ataque, é o único partido a possuir um foguete deste tipo, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita considerou que o movimento islamita libanês, apoiado pelo Irão, "ultrapassou todas as linhas vermelhas" ao disparar "contra civis".
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