"Partilhamos a dor e o luto do povo amigo da República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte]", declarou Vladimir Putin, no sábado, numa mensagem dirigida a Kim Jong-un.
"Podem contar sempre com a nossa ajuda e apoio", sublinhou.
De acordo com a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, o Presidente russo "manifestou a vontade de fornecer ajuda humanitária imediata para a reconstrução após os danos causados pelas inundações".
Embora tenha agradecido a Putin, Kim recusou a oferta, ao responder que "os planos já estabelecidos e as medidas estatais foram tomados na fase atual".
No entanto, "se for necessária ajuda mais tarde" será pedida a Moscovo, acrescentou a KCNA.
No dia anterior, o líder norte-coreano tinha qualificado de "falsos rumores" as notícias publicadas nos meios de comunicação social sul-coreanos, de acordo com as quais 1.500 pessoas teriam morrido nas inundações no norte do país, ao longo da fronteira com a China.
Kim afirmou que ninguém morreu e cinco mil pessoas tinham sido colocadas em abrigos.
O Governo sul-coreano também ofereceu ajuda na quinta-feira, mas Pyongyang, que não responde aos apelos de Seul sobre as linhas de comunicação intercoreanas desde abril de 2023, ignorou a oferta.
Em julho, a Coreia do Norte registou um recorde de chuvas torrenciais. No sudoeste do país, a cidade de Kaesong a atingir o nível mais elevado no país em 29 anos, indicou o centro meteorológico sul-coreano.
Moscovo e Pyongyang são aliados desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), mas tornaram-se mais próximos desde a operação militar russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
No final de junho, Putin foi recebido com grande pompa por Kim, em Pyongyang, tendo a cimeira resultado na assinatura de um acordo de defesa mútua.
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