Na senda da onda de violência que se abateu sobre o Reino Unido, o líder do Partido Reformista afirmou hoje que é necessário debater a segurança no país e afirmou mesmo que deve ser ponderada a hipótese de recorrer ao exército.
"Tenho estado completamente espantado com o nível de violência verificados nos últimos dias", começou por escrever Nigel Farage, na sua conta na rede social X.
"Este nível de intimidação e a ameaça à vida não tem lugar numa democracia", prossegue, referindo ainda que "a quantidade de polícias feridos enquanto tentam manter a paz é alarmante" e que tudo isto é a consequência de uma série de políticas que vieram amenizar o papel da polícia no âmbito das manifestação do 'Black Lives Matter'.
"Não devemos pôr de parte a possibilidade de recorrer ao exército se a situação se deteriorar", remata, referindo que o tema deve ser levado a discussão no Parlamento.
Parliament must be recalled for a proper debate. pic.twitter.com/OrQa7o38a1
— Nigel Farage MP (@Nigel_Farage) August 5, 2024
Recorde-se que no sábado, um hotel que alberga migrantes, foi palco do mais recente caso de tumultos no país, na sequência de um ataque com faca na semana passada que vitimou mortalmente três crianças e deixou várias outras feridas.
Os agentes da autoridade enfrentaram uma chuva de objetos, nomeadamente pedaços de madeira, cadeiras e extintores, na tentativa de evitar que os manifestantes invadissem a unidade hoteleira.
No sábado, ainda, o Reino Unido foi palco de manifestações e contra-manifestações que resultaram em tumultos entre ativistas de extrema-direita e manifestantes anti-racismo, desde Belfast, na Irlanda do Norte, até Liverpool, no noroeste de Inglaterra.
Contam-se cerca de 100 detenções. A polícia argumenta que muitas das manifestações estão a ser organizadas online, por grupos de extrema-direita, utilizando frases como "já chega", "salvem as crianças" e "parem os barcos".
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