Em causa está o facto de o partido no poder na Venezuela afirmar ter vencido a eleição presidencial de 28 de julho, reelegendo Nicolás Maduro, mas a oposição reclama vitória e grande parte da comunidade internacional exige transparência e veracidade dos resultados.
Petro exprimiu-se nestes termos em resposta às declarações do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, que garante que a Casa Branca ainda não está em posição de reconhecer o candidato da oposição, Edmundo González, como Presidente da Venezuela, mas defende que, juntamente com outros países da região, se procure "um caminho a seguir" para se chegar a uma solução.
"Embora a posição dos EUA ainda não seja clara, a oposição e Maduro devem chegar a um acordo político, porque, caso contrário, um êxodo e uma guerra estourarão em toda a América. Como vizinhos e povos irmãos, a Colômbia e a Venezuela estão numa situação extremamente vulnerável, e a primeira coisa que temos de defender é o povo e a paz", disse Petro nas redes sociais.
O líder colombiano sublinhou que o seu governo não cairá "na estratégia da guerra e da separação dos povos", defendendo um entendimento entre as partes na Venezuela para acalmar a situação.
"O caminho a seguir é procurar a verdade e, com base nela, encontrar soluções a favor da democracia", afirmou.
A Venezuela realizou uma eleição presidencial no final de julho, após a qual o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que González obteve quase 70% dos votos.
Tanto os dissidentes como grande parte da comunidade internacional apelam a uma contagem de votos transparente.
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