Ataque israelita em Khan Yunis mata 14 civis, dois dos quais jornalistas

Um ataque militar israelita na Faixa de Gaza matou hoje 14 civis, dois dos quais jornalistas, enquanto a comunidade internacional pressiona para um cessar-fogo no conflito que dura há mais de dez meses.

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© Doaa Albaz/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/08/2024 22:05 ‧ 09/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Os cadáveres de 14 pessoas e uma quantidade indeterminada de feridos foram transportados para o complexo médico Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, depois de bombardeamentos israelitas sobre várias partes da cidade, informou a agência noticiosa palestiniana Wafa.

 

Em comunicado, o Hamas identificou dois jornalistas entre os mortos: "O criminoso exército de ocupação sionista matou dois jornalistas palestinianos, Tamim Muamar e Abdallah al-Susi, juntamente com vários membros das suas famílias, nos ataques na cidade de Khan Yunis".

Cinco civis foram mortos, entre as quais Muamar, que trabalhava para a Palestine Voice Radio e Palestine TV, e outros ficaram feridos quando a casa da família do jornalista foi atacada, no centro de Khan Yunis, detalhou a Wafa.

Alegando a presença de milicianos, as tropas de Israel iniciaram esta madrugada uma nova incursão em Khan Yunis.

Em 04 de agosto, Israel também tinha ordenado a evacuação de bairros do sudeste da cidade.

Os habitantes são obrigados a deslocar-se para uma zona dita humanitária, em Mawasi, que está cada vez mais reduzida e que, em todo o caso, já foi alvo de bombardeamentos e onde centenas de milhares de palestinianos se acumulam em um emaranhado de tendas e com condições de subsistência paupérrimas.

Segundo a agência da ONU para a coordenação de assuntos humanitários [OCHA, na sigla em Inglês], cerca de 200 mil pessoas foram retiradas de Khan Yunis entre 22 e 27 de julho, durante a última incursão terrestre do Exército israelita, que deixou grande parte da cidade totalmente arrasada.

O levantamento de vítimas, feito há 24 horas pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, quantificava os mortos em 39.699, dos quais 167 jornalistas e profissionais do setor, e 91.722 feridos.

A grande maioria destas vítimas respeita a mulheres e crianças.

A estes números acrescem dez mil desaparecidos sob os escombros e 1,9 milhões de deslocados, que sobrevivem sem condições, por entre uma destruição generalizada, o colapso dos hospitais, os surtos de epidemias, a fome e a falta de água potável, alimentos e medicamentos.

Leia Também: Tropas israelitas iniciam 3.º assalto a Khan Yunis e provocam novo êxodo

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