Puigdemont diz ver uma "operação Jaula" contra movimento independentista

O ex-presidente do governo da Catalunha Carles Puigdemont denunciou hoje uma "segunda fase" da "operação Jaula" mobilizada pelo Mossos d'Esquadra para o tentar deter, agora com o objetivo de um movimento independentista "incómodo" para um acordo tripartido.

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© Albert Llop/NurPhoto via Getty Images

Lusa
11/08/2024 14:55 ‧ 11/08/2024 por Lusa

Mundo

Catalunha

O acordo tripartido é entre o Partido Socialista da Catalunha (PSC, estrutura regional do Partido Socialista Operário Espanhol, PSOE), a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, independentista) e o Comuns (esquerda).

 

Carles Puigdemont expressou-se numa nova mensagem na rede social 'X' , depois da sua fuga, sem que tivesse sido detido pelos Mossos d'Esquadra e das especulações sobre o seu paradeiro, foi visto na sua residência em Waterloo (Bélgica), após uma breve aparição num evento em Barcelona na última quinta-feira.

Segundo Carles Puigdemont, "há outra 'operação Jaula' em curso", uma "segunda fase, igualmente, prevista", caso consigam detê-lo no seu regresso à Catalunha.

Depois de Salvador Illa ter tomado posse este sábado como presidente da Generalitat, esta segunda fase consiste em "rodear" o movimento independentista, "isolá-lo e estigmatizá-lo" nos meios de comunicação social.

O objetivo, defendeu, é apresentar o movimento como sendo "prescindível e incómodo na estratégia da 'grande virada de página' que pretende o acordo tripartido" para deixar para trás o processo de independência.

"Que ninguém pense que tudo isso é só por causa dos acontecimentos desta semana. Se alguém acreditou que me colocando na prisão se dariam por satisfeitos e seriam mais condescendentes, estão todos equivocados", alertou.

E continuou: "A narrativa que estamos a começar a ver seria exatamente igual, quem sabe, menos raivosa e mais paternalista, mas com intenções estratégicas idênticas: a de nos enjaularem e deixar o caminho livre para o ataque a todas as reivindicações nacionais".

Por isso, finalizou, é a favor de "deixar cair o 'suflê' que provocaram" e, posteriormente, começar a "consertar" com quem "quer consertar", numa referência à unidade que se rompeu no movimento independentista.

Leia Também: Após fugir de Espanha, Puigdemont garante: "Há um objetivo: a liberdade"

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