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Amnistia Internacional pede liberdade para preso político luso-venezuelano

A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje a libertação imediata do preso político e ex-governador luso-venezuelano do Estado de Mérida Williams Dávila Barrios, da oposição, que foi hospitalizado em estado grave de saúde.

Amnistia Internacional pede liberdade para preso político luso-venezuelano
Notícias ao Minuto

23:39 - 14/08/24 por Lusa

Mundo Venezuela

"Estamos preocupados com o seu estado de saúde, devido à sua idade avançada e ao facto de ter sido recentemente submetido a uma cirurgia cardíaca. Exigimos que as autoridades lhe deem acesso imediato aos seus familiares, médicos e advogados. Devem garantir-lhe a vida e o tratamento médico e libertá-lo imediata e incondicionalmente", lê-se numa publicação da Amnistia, sua conta do X (ex- Twitter).

 

A AI explica que Williams Dávila "foi detido arbitrariamente", em 08 de agosto, "depois de ter participado numa vigília pacífica a favor das vítimas da repressão", sublinhando que "as autoridades não dão informações oficiais sobre o seu paradeiro".

Hoje, o seu filho, William Alejandro Dávila Valeri, denunciou que o pai foi hospitalizado, encontrando-se em estado grave.

"Como filho, estou chocado e profundamente preocupado. As piores previsões estão a concretizar-se: o meu pai Williams Dávila, 73 anos, que foi sequestrado na quinta-feira passada por defender os valores democráticos, foi internado no hospital ontem [terça-feira] à noite em estado grave", escreveu William Alejandro Dávila Valeri na sua conta na rede social X.

Na mesma rede social, o lusodescendente explica que isto confirma o que tinha vindo a alertar sobre a importância dos seus cuidados de saúde.

"É inconcebível que, neste país, sejamos mantidos na escuridão, sem informações claras sobre a sua situação. Exijo respostas imediatas e responsabilizo o Governo [do Presidente, Nicolás Maduro] por esta violação dos direitos humanos. Não é possível que continuemos a viver sob um regime que permite tais atrocidades", explica.

Em 09 de agosto, o Governo português exigiu às autoridades venezuelanas "a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios, político da oposição e ex-governador do Estado de Mérida, com nacionalidade portuguesa".

Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou que "Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE".

Em 09 de agosto, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse à Lusa que dois luso-venezuelanos se encontravam detidos na Venezuela devido à sua participação em manifestações contra Nicolás Maduro, estando o Governo português a acompanhar o caso.

Trata-se de um homem e uma mulher detidos quando participavam em atos que "o regime considera ilegais", afirmou José Cesário.

Entretanto, fonte familiar disse à Lusa que foi detido um outro lusodescendente, um jovem de Puerto Cabello, estado de Carabobo, no centro-norte do país.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, vive uma crise eleitoral após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter atribuído a vitória a Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.

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