A visita a este país do Cáucaso, parceiro próximo de Moscovo mas também um importante fornecedor de energia aos países ocidentais, tem como pano de fundo uma ofensiva militar ucraniana sem precedentes em solo russo.
A televisão russa transmitiu imagens do avião do líder do Kremlin a chegar a Baku.
Vladimir Putin deverá manter conversações na segunda-feira, nas margens do Mar Cáspio, com Ilham Aliev sobre "questões relacionadas com o desenvolvimento das relações de parceria estratégica e de aliança entre a Rússia e o Azerbaijão, bem como sobre os atuais problemas internacionais e regionais", refere o Kremlin.
O dirigente russo deverá também assistir na segunda-feira a uma cerimónia de colocação de coroas de flores no túmulo de Heydar Aliev, pai do atual dirigente azerbaijanês e antigo Presidente do país entre 1993 e 2003, segundo a agência russa Ria Novosti.
As conversas em formato reduzido e alargado estão também na ordem do dia, assim como a assinatura de documentos conjuntos e uma declaração à imprensa por Putin e Aliyev, indicou a Ria Novosti.
Vladimir Putin visitou o Azerbaijão pela última vez em setembro de 2018.
Anfitrião da conferência sobre o clima COP29, em novembro, o país é um grande produtor de gás natural, ao qual a União Europeia recorreu para compensar a forte redução dos fornecimentos russos desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A Rússia, por seu lado, é acusada de ter atuado no conflito entre a Arménia e o Azerbaijão, duas antigas repúblicas soviéticas que permaneceram durante muito tempo na esfera de influência russa, e de ter posições diferentes sobre o enclave de Nagorno-Karabakh.
A Arménia critica Moscovo pela sua falta de apoio face ao Azerbaijão, que em setembro de 2023 reconquistou totalmente pela força esta região montanhosa do Azerbaijão controlada durante três décadas por separatistas arménios.
Desde então, Yerevan tem procurado reforçar os seus laços com o Ocidente, incluindo os Estados Unidos.
A visita do Presidente russo ao Azerbaijão ocorre numa altura em que Moscovo procura repelir uma ofensiva militar lançada no seu território em 06 de agosto pelas tropas ucranianas, que, lutando para fazer face à entrada da Rússia no leste da Ucrânia, abriram outra frente.
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