"A situação na fronteira entre o Líbano e Israel continua a ser tensa e a situação de segurança no Líbano é grave e complexa", indicou a embaixada chinesa em Beirute, num comunicado.
"O atual nível de risco para viajar para o sul do Líbano e Nabatieh é vermelho (risco extremamente elevado) e noutras zonas [do país] é laranja (risco elevado)", declarou a representação diplomática chinesa.
No comunicado, a embaixada aconselhou os cidadãos chineses que se encontram atualmente no Líbano a "aproveitarem a oportunidade, enquanto os voos comerciais ainda estão operacionais, para regressarem à China ou abandonarem o país o mais rapidamente possível".
Na quarta-feira, o exército israelita confirmou ter efetuado "um ataque aéreo" no sul do Líbano que matou um dirigente das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, o braço armado da Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.
Tratou-se da primeira vez desde o início do fogo cruzado transfronteiriço entre as forças de Israel e do movimento xiita libanês Hezbollah, há pouco mais de dez meses, que foi confirmada a morte de um elemento relacionado com o partido de Abbas.
A partir de Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana na Cisjordânia ocupada, um membro do comité central da Fatah afirmou na quarta-feira que o "assassinato" de Khalil Maqdah era "mais uma prova de que Israel quer incendiar a região e mergulhá-la numa guerra total".
"As forças de ocupação utilizam o sangue palestiniano (...) para alimentar o fogo da guerra" na Faixa de Gaza, declarou na ocasião Toufiq Tirawy, no mesmo dia em que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, concluía uma nova visita ao Médio Oriente num novo esforço diplomático para tentar avançar um acordo de tréguas na Faixa de Gaza.
Nas últimas semanas, muitos países apelaram aos seus cidadãos para que abandonassem o Líbano, onde está sediado o Hezbollah, aliado do Hamas.
Até à data, a embaixada chinesa apenas tinha apelado aos seus cidadãos para "terem cuidado" se viajassem para o Líbano.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro passado, o movimento xiita libanês Hezbollah (pró-iraniano) e os seus aliados, incluindo o grupo islamita palestiniano Hamas, têm reivindicado a autoria de ataques contra Israel a partir do sul do Líbano, mas a Fatah não se tem associado a esta vaga de violência.
O exército israelita tem retaliado com raides dentro do território libanês com o intuito de visar, em particular, dirigentes do Hezbollah.
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