"Os cidadãos filipinos devem evitar a área, a menos que seja absolutamente necessário para a sua subsistência", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino, sublinhando que "a escalada do conflito no Mar Vermelho representa um perigo claro e presente para todos os marinheiros filipinos que trabalham na área".
Segundo o Ministério, os marinheiros filipinos devem "ter cautela" e exercer o seu "direito de recusar a navegar" devido aos riscos nessa região.
Esse alerta surge um dia depois da retirada dos tripulantes - 23 filipinos e dois russos - de um petroleiro de bandeira grega que foi atingido na quarta-feira por vários projéteis lançados pelos Hutis a partir do porto iemenita de Hodeida, controlado pelos rebeldes.
O ataque ao "MV Sounion" causou um incêndio a bordo e afetou a sua capacidade de navegação.
Na quinta-feira, o porta-voz dos Hutis, Yahya Sarie, assumiu a responsabilidade pelo ataque. Segundo o próprio, o MV Sounion "pertence a uma empresa que lida com o inimigo israelita".
A zona tem sido palco há meses de ataques dos Hutis, que dizem atacar navios ligados a Israel em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, onde decorre uma guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
As Filipinas são um importante fornecedor de marinheiros para o setor marítimo global. As autoridades filipinas disseram, na quinta-feira, que o "MV Sounion" foi o nono navio com tripulação filipina a ser atacado pelos Hutis.
Um filipino continua desaparecido após o ataque ao "MV Tutor", em junho, e 17 tripulantes filipinos do Galaxy Leader permanecem nas mãos dos Hutis desde a apreensão do navio em novembro passado.
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