"Desde há dois anos que Lisboa se está a preparar em várias vertentes", foi desta forma que Carlos Moedas reagiu esta manhã ao abalo de 5,3 na escala de Ritcher que afetou o distrito de Lisboa.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa tentava desta forma acalmar os lisboetas, que esta manhã acordaram assustados com este fenómeno, garantindo que a cidade se tem vindo a preparar para situação destas.
Carlos Moedas começou por afirmar que "sentimos este sismo" e que apesar de não ter sido "uma ocorrência significativa", foram recebidos "muitos telefonemas de pessoas com preocupação mas sem nenhum perigo".
"Lisboa está numa zona sísmica, pode acontecer. O que podemos fazer é a preparação e estamos a fazer isso todos os dias", disse o autarca, referindo-se, por exemplo, às sirenes sísmicas que são ativadas na cidade em casos de abalos fortes e que alertam as pessoas para os seus pontos da cidade para onde podem ir e estar protegidos; à avaliação que está a ser feita dos edifícios municipais, ao reforço dos viadutos da cidade e a ainda a toda a informação veiculada anualmente.
"Lisboa é uma cidade sísmica. Sabemos que vão acontecer, não sabemos é quando", disse, enaltecendo que o mais importante é manter a calma nestes momentos e garantindo que a autarquia tem vindo a trabalhar no sentido de precaver o que possa acontecer.
"Estamos preparados em termos de cidade", garantiu Carlos Moedas, admitindo porém que nunca sabemos "o que vai acontecer", mas lembrando que "as equipas estão muito bem preparadas " e que temos "os melhores bombeiros da Europa".
O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05:11 e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, não tendo causado danos pessoais ou materiais até ao momento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O sismo já teve, entretanto, três réplicas, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
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