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Zelensky afirma que Rússia lançou contraofensiva em Kursk

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou hoje que a Rússia lançou uma contraofensiva em Kursk, cinco semanas após uma invasão das forças de Kyiv nesta região fronteiriça russa.

Zelensky afirma que Rússia lançou contraofensiva em Kursk
Notícias ao Minuto

18:03 - 12/09/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

Zelensky disse em conferência de imprensa que a Rússia estava a lançar "ações de contraofensiva", mas que as forças ucranianas estavam preparadas e prontas para lutar.

 

O Ministério da Defesa da Rússia disse que as tropas de Moscovo recapturaram 10 povoados em Kursk, mas não descreveram estes combates como uma contraofensiva.

A Ucrânia lançou a sua incursão em Kursk em 06 de agosto, como parte de uma estratégia para desviar os militares russos de Donetsk, no leste da Ucrânia, embora estes tenham continuado a progredir nas últimas semanas nesta região.

A operação em solo russo levantou a moral ucraniana após meses de notícias sombrias da frente, expondo vulnerabilidades de Moscovo e tomando alguma iniciativa no campo de batalha, ao mesmo tempo que procurava estabelecer uma zona tampão para prevenir ataques contra o seu território.

A resposta confusa sugeriu que Moscovo não tinha planeado esta ofensiva terrestre e que iria demorar algum tempo para conseguir montar uma operação de contra-ataque ao longo de uma linha da frente de cerca de mil quilómetros.

No entanto, ao contrário das expectativas de Kyiv, as forças russas têm continuado a exercer pressão em Donetsk e a atingir intensamente as infraestruturas ucranianas com incessantes raides aéreos em todo o país.

Um ataque de mísseis russo matou hoje três pessoas e feriu outras duas, todas pertencentes ao Comité Internacional da Cruz Vermelha.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Rússia recupera aldeias de Kursk em contra-ataque a exército ucraniano

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