Esta declaração surge depois de o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, ter repetido na segunda-feira que Israel estava determinado a restabelecer a calma na frente norte, "quer através de um acordo que elimine a presença do Hezbollah na fronteira, quer através de uma ação militar".
"Não temos intenção de entrar em guerra porque não a consideramos útil. No entanto, se Israel iniciar uma guerra, enfrentá-la-emos e as perdas serão enormes, tanto para nós como para eles", garantiu o número dois do movimento pró-iraniano, Naim Qassem, durante um discurso em Beirute.
"E se eles pensam que esta guerra no Norte vai trazer de volta os 100.000 deslocados [israelitas], avisamos desde já, preparem-se para receber centenas de milhares de outros deslocados', acrescentou.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita Hamas, em outubro passado, o exército israelita e o Hezbollah, que afirma agir em apoio do seu aliado palestiniano, têm trocado tiros.
Israel afirma estar a atacar infraestruturas militares e combatentes do Hamas no sul e no leste do Líbano, enquanto o Hezbollah diz estar a visar posições militares no norte de Israel.
Estes confrontos transfronteiriços deslocaram dezenas de milhares de libaneses e israelitas e desde há meses que fazem temer um conflito regional.
Desde outubro, a violência causou 623 mortos no Líbano, segundo uma contagem da agência AFP, e 50 mortos do lado israelita, de acordo com o exército.
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