"Se Israel iniciar uma guerra, enfrentá-la-emos. E perdas serão enormes"

O movimento islamita Hezbollah, cujos confrontos com Israel na fronteira israelo-libanesa provocaram a fuga de muitos habitantes, afirmou hoje que uma guerra total provocaria a deslocação de mais "centenas de milhares" de israelitas.

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Lusa
14/09/2024 21:07 ‧ 14/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Esta declaração surge depois de o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, ter repetido na segunda-feira que Israel estava determinado a restabelecer a calma na frente norte, "quer através de um acordo que elimine a presença do Hezbollah na fronteira, quer através de uma ação militar".

 

"Não temos intenção de entrar em guerra porque não a consideramos útil. No entanto, se Israel iniciar uma guerra, enfrentá-la-emos e as perdas serão enormes, tanto para nós como para eles", garantiu o número dois do movimento pró-iraniano, Naim Qassem, durante um discurso em Beirute.

"E se eles pensam que esta guerra no Norte vai trazer de volta os 100.000 deslocados [israelitas], avisamos desde já, preparem-se para receber centenas de milhares de outros deslocados', acrescentou.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita Hamas, em outubro passado, o exército israelita e o Hezbollah, que afirma agir em apoio do seu aliado palestiniano, têm trocado tiros.

Israel afirma estar a atacar infraestruturas militares e combatentes do Hamas no sul e no leste do Líbano, enquanto o Hezbollah diz estar a visar posições militares no norte de Israel.

Estes confrontos transfronteiriços deslocaram dezenas de milhares de libaneses e israelitas e desde há meses que fazem temer um conflito regional.

Desde outubro, a violência causou 623 mortos no Líbano, segundo uma contagem da agência AFP, e 50 mortos do lado israelita, de acordo com o exército.

Leia Também: Israel deteta 55 lançamentos de projéteis do Líbano e ataca Hezbollah

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