Segundo aquela agência de notícias espanhola, que cita entidades eleitorais daquele país, a nova contagem dos votos apenas terá em conta os segundos e terceiros votos em Aruna Kumara Dissanayake, que obteve o maior número de votos, e Sajith Premadasa, que obteve o segundo maior número de votos.
No Sri Lanka, as eleições são regidas por um modelo de votação preferencial, em que os eleitores podem escolher até três candidatos diferentes por ordem de preferência.
Caso nenhum candidato seja a primeira escolha de mais de 50% dos eleitores, o que aconteceu pela primeira vez na história do país, salienta a Efe, inicia-se uma segunda contagem, tomando como referência os dois candidatos com maior apoio e somam-se os votos em que foram a segunda ou terceira escolha.
Na primeira volta do processo eleitoral, que encerrou sábado e para o qual estavam inscritos mais de 17 milhões de eleitores, Dissanayake, o candidato da coligação do Poder Popular Nacional (NPP), obteve 39,52% dos votos, segundo os últimos dados publicados pela autoridade eleitoral.
Premadasa, do partido da oposição Samagi Jana Balawegaya (SJB), obteve 34,28% dos votos, sendo a diferença entre os dois é inferior a 400.000 votos.
O Presidente cessante, Ranil Wickremesinghe, foi o terceiro candidato mais apoiado, com 17,41% dos votos, pelo que ficou de fora da segunda contagem.
Dissanayake, 55 anos, é visto como uma alternativa aos outros dois candidatos tradicionais e é mais popular entre os jovens eleitores, refere a Efe, que explica que este candidato é também o líder do Janatha Vimukthi Peramuna (JVP), uma formação marxista que liderou duas revoltas armadas contra o governo nas décadas de 1970 e 1980, que causaram pelo menos um número estimado de 60.000 mortes.
O líder marxista já participou nas últimas eleições presidenciais em 2019, onde mal conseguiu 3% dos votos.
Premadasa, de 57 anos, filho de um antigo presidente do Sri Lanka, ficou em segundo lugar nas últimas eleições presidenciais de 2019.
Apesar de não ter havido incidentes graves durante a votação, as autoridades do Sri Lanka decretaram um recolher obrigatório, em vigor entre as 22h00 locais de sábado (16h30 GMT) e as 12h00 deste domingo (06h30 GMT), para evitar distúrbios durante a contagem dos votos.
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