Os confrontos, que começaram no fim de semana em Kurram, um distrito na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste, na fronteira com o Afeganistão, continuavam a decorrer esta quarta-feira.
As autoridades locais referiram que pelo menos 75 pessoas de ambos os lados ficaram feridas desde sábado, noticiou a agência Associated Press (AP).
Kurram tem sido palco de violência sectária nos últimos anos.
As autoridades destacaram também que estão a tentar evitar que a disputa de terras se transforme em violência sectária no agitado noroeste, onde grupos extremistas de ambos os lados têm uma forte presença.
O advogado Saif Ali, porta-voz do governo provincial, sublinhou que as autoridades, com a ajuda dos anciãos tribais, estavam a tentar acalmar a tensão e que ambos os lados concordaram com um cessar-fogo, após negociações de paz em Kurram.
Os muçulmanos xiitas representam cerca de 15% dos 240 milhões de habitantes do Paquistão, de maioria sunita, que tem um historial de animosidade sectária entre as duas comunidades.
Embora ambos vivam juntos de forma pacífica no país, as tensões entre ambos existem há décadas em algumas zonas, especialmente na região montanhosa de Kurram, onde os xiitas dominam em partes do distrito.
Em julho, os combates por causa das terras fizeram 35 mortos e só terminaram depois de uma 'jirga', ou conselho tribal, ter apelado a um cessar-fogo.
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