Os dados foram transmitidos pelo ministro libanês do Ambiente e coordenador do Plano Nacional de Emergência, Nasser Yassin, que deu conta ainda que os bombardeamentos obrigaram à deslocação de dezenas de milhares de pessoas, das quais pelo menos 77.100 foram registadas nos centros de acolhimento criados pelo governo nos últimos dias.
Em resposta a estas deslocações, as autoridades libanesas aumentaram para 565 o número de instalações públicas, sobretudo escolas e institutos, para acolher os deslocados, acrescentou o governante.
Um comunicado do centro de crise libanês detalha que nas últimas 48 horas foi registada a passagem de 15.600 cidadãos sírios e 16.130 cidadãos libaneses para o território sírio.
As autoridades também divulgaram o balanço geral de mortos dos tiroteios transfronteiriços entre os libaneses xiitas do Hezbollah e Israel, referindo 1.540 pessoas vítimas fatais em quase um ano.
Só na segunda-feira quando os ataques israelitas se intensificaram, mais de 550 pessoas foram mortas, segundo a mesma fonte, que referiu que 5.410 pessoas ficaram feridas em quase um ano.
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito apelou hoje a um cessar-fogo "imediato" na Faixa de Gaza e no Líbano, garantindo apoiar "todas as iniciativas" destinadas a "alcançar uma calma abrangente e duradoura" no Médio Oriente.
O ministério indicou que "as práticas e violações israelitas ameaçam mergulhar o Médio Oriente num estado de confronto e caos que exporá os povos da região a consequências graves e difíceis de controlar".
Os Estados Unidos e a França tinham apelado na quarta-feira a uma trégua "temporária" de 21 dias entre Israel e o Hezbollah com vista a "um acordo diplomático" entre as partes para "evitar uma nova escalada de ambos os lados da fronteira", uma proposta que recebeu o apoio da União Europeia e de vários países, incluindo Estados árabes.
O número de mortos da ofensiva militar desencadeada pelo exército israelita contra Gaza, na sequência dos ataques de 07 de outubro do Hamas, ultrapassou os 41.500, informaram hoje as autoridades do enclave controlado pelo grupo islamita.
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