Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou condolências à família da adolescente, que morreu na última segunda-feira, e reiterou "a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelitas contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades".
O Governo brasileiro já havia confirmado a morte de um jovem de 15 anos, também atingido por explosões durante intensos bombardeamentos aéreos.
O Brasil é considerado o país com a maior diáspora libanesa no mundo. Estima-se em 10 milhões o número de descendentes de libaneses no Brasil. Além disso, cerca de 20 mil brasileiros vivem no Líbano, segundo as autoridades locais.
Ao contrário de Portugal que começou hoje a retirar do Líbano 24 cidadãos, segundo informações avançadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, a jornalistas nessa sexta-feira, o Brasil ainda não anunciou um plano para repatriar cidadãos que estão nessa zona de conflito e querem escapar dos ataques aéreos israelitas realizados para atingir membros da milícia xiita libanesa Hezbollah.
Segundo informações divulgadas nos 'media' locais, embora não tenha anunciado nenhum plano, o Governo brasileiro já entrou em contacto com os cidadãos que estão no Líbano perguntando se querem sair do país.
A diplomacia do país sul-americano, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tem mantido conversações com a Rússia e a Síria para eventualmente criar uma rota de fuga usando duas bases aéreas russas na Síria para que os brasileiros possam sair da região se a situação se agravar, mas essas conversações ainda estão em andamento.
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