"De acordo com os nossos últimos números, 200 pessoas morreram, 127 ficaram feridas e 26 ainda estão desaparecidas", avançou o porta-voz do ministério, Rishi Ram Tiwari.
Um balanço anterior, divulgado ao início da manhã, dava conta de 193 mortos e várias dezenas de pessoas desaparecidas.
Muitas das mortes ocorreram em Katmandu, que sofreu fortes chuvas, inundando grande parte do sul da capital.
Pelo menos três autocarros com destino a Katmandu, que tinham ficado presos em engarrafamentos numa autoestrada a sul da cidade, foram soterrados por um deslizamento de terras que matou pelo menos 35 pessoas.
Os esforços de busca e salvamento estão a ser intensificados, tendo o exército nepalês indicado já terem sido realizadas mais de quatro operações de retirada de pessoas, nomeadamente com recurso a helicópteros, lanchas e botes salva-vidas.
"A nossa prioridade é a busca e o salvamento, incluindo das pessoas que estão presas nas estradas", disse o porta-voz do Ministério do Interior, referindo que estão a ser usados bulldozers e outras máquinas de escavação para limpar as estradas.
As três autoestradas que ligam a capital ao resto do país foram bloqueadas por deslizamentos de terras e esta paralisação da rede rodoviária já começou a provocar escassez de produtos hortícolas na capital e aumentos significativos dos preços.
"Normalmente recebemos 600 a 700 toneladas de legumes todos os dias, mas ontem [no domingo] só recebemos 156 toneladas", disse Binay Shrestha, um grossista de um dos principais mercados de Katmandu.
"A produção está disponível, mas está bloqueada pelo estado das estradas", acrescentou.
Grandes zonas do leste e do centro do país foram atingidas por cheias desde sexta-feira, tal como distritos inteiros de Katmandu.
De acordo com o Departamento de Hidrologia e Meteorologia, uma estação do aeroporto de Katmandu registou 240 milímetros de chuva, o nível mais elevado desde 2002.
O tempo melhorou hoje, depois de três dias de chuvas de monção, o que tem facilitado os trabalhos de resgate e limpeza.
Os voos domésticos foram retomados na manhã de domingo de e para Katmandu, depois de terem sido totalmente suspensos a partir da noite de sexta-feira, com mais de 150 voos cancelados.
O Governo nepalês anunciou o fecho de escolas e universidades no país durante três dias.
A época das monções começou em junho e geralmente prolonga-se até meio de setembro.
O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, transmitiu no domingo ao homólogo do Nepal uma mensagem de condolências e "profunda solidariedade" pelas "trágicas consequências" provocadas pelas cheias, refere uma breve nota publicada no portal da Presidência.
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