Exército israelita atenua restrições de segurança no nordeste do país

O exército israelita aligeirou hoje as restrições de segurança no nordeste do país, incluindo a Galileia, os ocupados Montes Golã e a "Linha de Confronto" junto à fronteira com o Líbano.

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© MENAHEM KAHANA/AFP via Getty Images

Lusa
02/10/2024 16:29 ‧ 02/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

As alterações permitem concentrações com um máximo de 50 pessoas em espaços abertos, em vez de 10, e até um máximo de 250 pessoas em zonas fechadas, em vez de 150.

 

"Também foi decidido que nas zonas da baía de Haifa, HaAmakim, HaCarmel e Wadi Ara", no noroeste de Israel, "as restrições serão atenuadas para permitir reuniões de até 60 pessoas numa zona aberta (em vez de 30)", lê-se num comunicado militar.

O resto do país permanecerá sob as restrições comunicadas até à data.

A decisão dos militares surge na véspera da celebração do Ano Novo judaico, 'Rosh Hashanah', numa altura em que muitas famílias e amigos se devem reunir.

O 'Rosh Hashanah' começa ao pôr-do-sol de hoje e termina ao pôr-do-sol de sexta-feira, mas prolongar-se-á pelo 'Sabbath', a celebração semanal da religião judiaca.

Na terça-feira 180 mísseis balísticos disparados pelo Irão entraram em território israelita, a grande maioria dos quais foi intercetada pelos sistemas de defesa aérea de Israel.

O ataque lançado por Teerão em resposta às mortes do líder do Hezbollah, Hassan Nasrala, na sexta-feira, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, até agora só fez um morto, um homem palestiniano em Jericó, no sul da Cisjordânia.

Israel prometeu punir o Irão pelos mísseis disparados contra o seu território na terça-feira à noite, ameaçando ainda com uma resposta ainda mais forte se o país voltar a ser visado.

O bombardeamento iraniano de terça-feira foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.

Os israelitas têm bombardeado redutos dos xiitas libaneses do Hezbollah, incluindo ataques violentos no sul de Beirute na madrugada de hoje.

Desde o mês passado, Israel divergiu a atenção da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 contra o seu território pelo movimento islamita palestiniano Hamas, para proteger a sua fronteira norte com o Líbano, onde o exército de Telavive combate o Hezbollah.

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Leia Também: Guterres diz que condenou implicitamente o Irão logo após ataque

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