G7 diz que "é possível encontrar solução diplomática" no Médio Oriente
Os países do G7 manifestaram hoje "grande preocupação" com a escalada do conflito no Médio Oriente nas últimas horas, condenando de forma "firme" o ataque iraniano contra Israel, mas dizendo acreditar que "ainda é possível encontrar uma solução diplomática".
© Maja Hitij/Getty Images
Mundo Médio Oriente
Em comunicado, o Governo italiano, na qualidade de presidência em exercício do grupo (que integra também Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido), aponta que, "na sequência do agravamento da crise no Médio Oriente, a primeira-ministra Giorgia Meloni convocou de urgência e presidiu esta tarde a uma conferência telefónica dos líderes do G7", durante a qual "foi reiterada a firme condenação do ataque iraniano contra Israel".
"Num cenário em constante evolução, foi acordado trabalhar em conjunto para promover uma redução das tensões regionais, começando pela aplicação da resolução 2735 em Gaza e da resolução 1701 para a estabilização da fronteira israelo-libanesa", lê-se na nota, em referência a duas resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
A breve nota emitida pelo Governo italiano acrescenta que, "manifestando grande preocupação com a escalada registada nas últimas horas, foi reiterado que um conflito à escala regional não é do interesse de ninguém e que ainda é possível encontrar uma solução diplomática".
"Os dirigentes acordaram em manter-se em estreito contacto", conclui o comunicado.
O Governo do Irão lançou, na noite de terça-feira, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelo assassinato do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão, que, por seu lado, promete retaliar se for alvo de um ataque, aumentando assim os receios de uma propagação do conflito.
O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.
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