Irão: É "dever" apoiar "grupos de resistência" para libertar Palestina

O Presidente iraniano, Massud Pezeshkian, defendeu hoje ser "um dever" o apoio a "grupos de resistência" para "a libertação da Palestina", afirmando que Teerão evita escaladas, mas dará uma "resposta decisiva" em caso de uma agressão israelita.

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Lusa
03/10/2024 16:36 ‧ 03/10/2024 por Lusa

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"Consideramos ser nosso dever apoiar os grupos de resistência até à libertação da amada Palestina", afirmou Pezeshkian a partir do Qatar, onde está a realizar uma visita oficial, acrescentando que estes grupos "são uma árvore firme" apesar dos ataques "criminosos" israelitas.

 

Num comunicado divulgado pelo gabinete presidencial, o governante denunciou "o genocídio e os crimes continuados do regime sionista durante os últimos 12 meses" e disse que a ofensiva contra a Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023, "é apenas uma parte das páginas negras da história contemporânea".

E frisou que a Palestina e o Líbano estão "expostos à violência de um regime que não respeita os princípios dos direitos humanos nem as normas internacionais".

O governante garantiu que o Irão dará "uma resposta decisiva" a qualquer "agressão militar" por parte de Israel, mas reiterou que Teerão não procura um escalar as tensões.

"É o regime sionista que persegue os seus objetivos sinistros implicando outros países", argumentou.

Estas declarações de Massud Pezeshkian surgem depois de a República Islâmica ter lançado, na terça-feira à noite, cerca de 200 mísseis em direção a Israel, no segundo ataque direto contra o seu inimigo declarado, após os ataques com mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) em abril.

Pezeshkian sublinhou que o ataque a Israel "foi uma resposta à violação da soberania do Irão" no âmbito do assassinato em julho, em Teerão, do líder da ala política do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Ismail Haniyeh.

As hostilidades na região do Médio Oriente eclodiram depois de os islamitas palestinianos do Hamas terem atacado Israel, a 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, o exército israelita lançou uma investida contra a Faixa de Gaza que, até à data, causou a morte de aproximadamente 41.800 pessoas, além de mais de 700 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, de acordo com as autoridades locais.

Os atentados de 07 de outubro, apelidados de "Dilúvio de Al Aqsa" pelo Hamas e seus aliados, e a retaliação israelita desestabilizaram toda a região e levaram também à intensificação das hostilidades entre Israel e o grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.

Na terça-feira, Israel anunciou que tinha iniciado ataques terrestres "limitados e direcionados" contra o Hezbollah na zona fronteiriça do sul do Líbano.

Os Huthis do Iémen e as milícias pró-iranianas no Iraque lançaram mísseis e 'drones' contra Israel, que realizou igualmente bombardeamentos em território libanês, sírio e iemenita.

Leia Também: Irão convoca embaixadores europeus por criticarem ataque a Israel

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