"Para o regresso dos habitantes (deslocados durante quase um ano de fogo cruzado transfronteiriço), é preciso destruir as infraestruturas terroristas que o Hezbollah construiu perto da fronteira para atacar as nossas cidades, no dia em que lhes for dada a ordem, e matar civis israelitas", declarou Herzi Halevi, que se reuniu com duas das divisões que entraram no sul do Líbano.
O máximo responsável militar israelita sublinhou que o Exército está "muito determinado a destruir estas infraestruturas e a matar quem quer que lá esteja".
"Os pesados danos causados ao Hezbollah em todos os setores de Beirute, no vale [de Bekaa] e no sul do Líbano vão continuar", acrescentou.
O general emitiu estas declarações num vídeo publicado no 'site' da Internet do Exército, no qual fez um balanço dos primeiros confrontos entre as Forças Armadas israelitas e as milícias do Hezbollah, que, na sua opinião, foram favoráveis aos interesses de Israel.
"Tenho um grande respeito pelos reservistas, pelos combatentes, e pelos soldados e comandantes regulares. Continuaremos a lutar em todas as frentes, com o objetivo de garantir uma maior segurança ao Estado de Israel", declarou Halevi, fazendo o balanço dos três primeiros dias da incursão terrestre no sul do Líbano.
Estes últimos acontecimentos surgiram no contexto da ofensiva de Israel a posições do Hezbollah no Líbano: desde meados de setembro, as forças israelitas intensificaram os seus ataques em território libanês, incluindo na capital, Beirute, e confirmaram a morte de grande parte dos dirigentes do grupo xiita, incluindo o seu líder, Hassan Nasrallah.
A escalada das hostilidades segue-se aos combates que se arrastam há quase um ano, depois de o Hezbollah ter começado a disparar 'rockets' para território israelita, um dia após um ataque sem precedentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas a Israel, a 07 de outubro de 2023 -- em que foram mortas 1.205 pessoas e sequestradas 251 - ter levado Israel a desencadear uma guerra sangrenta para "erradicar" o Hamas na Faixa de Gaza, que já matou quase 41.800 pessoas.
O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um "Eixo de Resistência" apoiado pelo Irão contra Israel.
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