Arguidos no caso Pelicot alegam amnésia e que agiram por "medo"

As justificações foram ouvidas durante 10 horas de julgamento.

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© CHRISTOPHE SIMON/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
04/10/2024 10:23 ‧ 04/10/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

França

Prossegue o julgamento do caso de abuso sexual de que foi vítima Gisèle Pelicot, violada por dezenas de homens, com o conhecimento do marido, enquanto esta estava drogada, em França.

 

Esta quinta-feira ficou marcada pelo testemunho de alguns dos 50 arguidos do caso, com declarações polémicas.

Entre elas está a de Jean T., homem que alegou não se lembrar de nada. O suspeito afirmou perante o juiz que também ele foi drogado por Dominique Pèlicot, que lhe ofereceu uma bebida ao entrar em casa.

“Porque é que não apresentou queixa se pensa que foi drogado?”, perguntou a juíza. “Foi um encontro mau. Esquecemo-nos de tudo e pronto”, respondeu o homem, de 52 anos.

Estas alegações contradizem com o comportamento demonstrado em vídeos, onde o indivíduo parece bastante ativo durante o abuso a que sujeitou a vitima. "Não me lembro de nada", voltou a defender.

Redouan F, outros dos arguidos, disse que agiu por medo. Segundo o homem, quando entrou na casa dos Pelicot ficou aterrorizado com o ambiente sombrio e quando viu Gisèle inconsciente pensou que estivesse morta. Questionado sobre a violação, afirmou ter agido por medo de Dominique.

Já outro arguido disse pensar que se tratava de uma fantasia sexual de Gisèle e Dominique, enquanto outros pediram para que não fossem julgados como se fossem todos iguais a Dominique.

Estas alegações foram ouvidas durante uma sessão de dez horas.

A veracidade destes testemunhos será esclarecida esta sexta-feira, quando forem vistas e analisadas as gravações das violações que os implicam, refere a Telecinco.

Leia Também: Caso Pélicot. Advogada de abusadores causou polémica e foi ameaçada

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