A investigação diz respeito "ao assassínio deliberado de quatro prisioneiros de guerra - militares das forças armadas ucranianas - que foram executados por militares russos por ordem dos seus comandantes no verão de 2024 no território da fábrica de agregados de Vovchansk", palco de violentos combates no nordeste do país, refere o Ministério Público ucraniano.
"Estes factos foram documentados graças à cooperação com os serviços secretos de defesa ucranianos", declarou o Ministério Público em comunicado, acrescentando que os prisioneiros de guerra russos foram interrogados sobre o assunto.
De acordo com as autoridades, um potencial suspeito neste caso está atualmente "detido na Ucrânia" e poderá ser levado a julgamento.
No início de outubro, a Ucrânia já tinha anunciado a abertura de uma investigação sobre a alegada execução de dezasseis prisioneiros de guerra ucranianos pelo exército russo perto de Pokrovsk, uma cidade no leste do país que as forças de Moscovo cercam há semanas.
Ambas as partes se acusam mutuamente de matar prisioneiros de guerra desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos refere "documentado numerosas violações do direito humanitário internacional contra prisioneiros de guerra, incluindo casos de execuções sumárias de prisioneiros de guerra russos e ucranianos".
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