Israel bombardeou cerca de 30 aldeias do Líbano

Aviões israelitas bombardearam hoje "cerca de 30 aldeias" do sul do Líbano, na fronteira com o norte de Israel, "em menos de meia hora", anunciou a agência de notícias libanesa ANI.

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© Stringer/picture alliance via Getty Images

Lusa
07/10/2024 15:14 ‧ 07/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

De acordo com a ANI, várias "séries de ataques" foram registadas noutras zonas do sul do país, onde o fogo transfronteiriço entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah se transformou numa guerra aberta a 23 de setembro.

 

O exército israelita já tinha anunciado um "ataque direcionado" aos subúrbios do sul de Beirute, um dos bastiões do Hezbollah, contra o qual Israel lidera uma ofensiva no Líbano há duas semanas.

O exército está "atualmente a realizar um ataque direcionado na região de Dahieh" (termo árabe que significa "subúrbio" e designa os subúrbios do sul da capital libanesa), referiu em comunicado divulgado pouco depois das 15h50 locais (13h50 em Lisboa).

Por seu lado, o Hezbollah garantiu hoje que vai continuar a combater a "agressão" de Israel, quando se assinala o primeiro aniversário do ataque do grupo extremista palestiniano Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023.

Nesse dia, militantes do Hamas atacaram território israelita, provocando cerca de 1.200 mortos e fazendo mais de 250 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.

Israel respondeu ao ataque com uma ofensiva na Faixa de Gaza que, desde então, provocou cerca de 42.000 mortos, segundo o governo do enclave controlado pelo Hamas desde 2007.

O grupo libanês, um aliado do Hamas, classificou Israel como uma entidade "cancerosa" que deve ser erradicada.

Desde outubro de 2023, Israel e o Hezbollah têm estado envolvidos num fogo cruzado quase diário, hostilidades que se agravaram nas últimas semanas.

A formação xiita, que é apoiada pelo Irão, afirmou ter aberto uma frente contra Israel, com o objetivo de "defender o Líbano", embora tenha reconhecido que "pagaram um preço elevado".

Desde outubro de 2023, mais de 2.000 pessoas foram mortas no Líbano, incluindo mais de mil desde a intensificação dos bombardeamentos israelitas a 23 de setembro, segundo as autoridades libanesas, que também apontam para cerca de 1,2 milhões de deslocados no país.

Leia Também: Netanyahu quer "mudar a realidade da segurança" para evitar novo ataque

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