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Hezbollah acusa Israel de usar membros da UNIFIL como "escudos humanos"

A milícia libanesa Hezbollah acusou hoje as Forças de Defesa de Israel (FDI) de utilizarem membros da missão das Nações Unidas no Líbano (Unifil) como "escudos humanos", no sudoeste do território libanês.

Hezbollah acusa Israel de usar membros da UNIFIL como "escudos humanos"
Notícias ao Minuto

07/10/24 20:04 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O inimigo israelita está a tentar usar as forças internacionais da Unifil como escudos humanos para encobrir o seu fracasso de avançar, especialmente depois das suas repetidas tentativas falhadas em mais do que um eixo para avançar para Marun el Ras e da perda de dezenas dos seus soldados", lê-se num comunicado da milícia xiita libanesa, Hezbollah.

 

Um "oficial de campo" do Hezbollah afirmou que a "sala de operações" da milícia já tinha apelado aos seus combatentes para serem "pacientes" e não atuarem na zona, a fim de "preservar as vidas dos soldados das forças internacionais".

A decisão da milícia surge no seguimento da observação, no dia anterior, de "movimentos invulgares" das tropas israelitas na retaguarda de uma base militar da Unifil, nos arredores da cidade de Marun el Ras, também relatados por membros da missão da ONU durante o fim de semana.

Em consequência, a Unifil retomou hoje o aquartelamento das suas tropas em 'bunkers' e outros edifícios, em resposta aos bombardeamentos aéreos das Forças de Defesa de Israel (FDI) e às incursões terrestres em vários pontos ao longo da Linha Azul, a fronteira não oficial entre Israel e o Líbano, segundo Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU.

Dujarric recordou que, no último fim de semana, as FDI levaram a cabo "atividades", sem especificar de que tipo, "imediatamente adjacentes a uma das missões da Unifil", nomeadamente em Marun al-Ras, no chamado setor ocidental do território sob a sua jurisdição.

Estas atividades motivaram uma queixa da Unifil, que criticou "esta ação extremamente perigosa, quando as FDI foram repetidamente informadas desta situação" através dos canais habituais.

O porta-voz salientou ser "inaceitável comprometer a segurança dos capacetes azuis com um mandato definido pelo Conselho de Segurança".

Na semana passada, Israel ordenou à Unifil que evacuasse cerca de 20 postos, os mais próximos da fronteira entre o Líbano e Israel, devido à iminência de combates, mas a missão internacional recusou-se a fazê-lo.

"A Unifil está profundamente preocupada com as recentes atividades das Forças de Defesa de Israel nas proximidades da posição 6-52 da missão, em Marun el Ras, Setor Oeste, no interior do território libanês", afirmou a missão da ONU nas suas redes sociais, referindo que o exército israelita já tinha sido informado desta situação em várias ocasiões.

A Unifil respondia alegadamente a relatos nos meios de comunicação irlandeses sobre a presença de cerca de 20 militares israelitas, incluindo tanques e outros veículos blindados, e a instalação de uma posição de fogo barricada perto do posto de guarda irlandês.

O general espanhol Aroldo Lazaro, que comanda a Unifil, está em contacto regular com o exército israelita, tal como a coordenadora especial para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert.

Leia Também: Exército israelita contabiliza 135 projéteis disparados pelo Hezbollah

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