Num comunicado, o Ministério da Saúde Pública libanês informou que "o ataque do inimigo israelita na cidade de Wardaniyeh causou a morte de quatro pessoas e o ferimento de outras dez", sem avançar mais pormenores.
Por seu lado, a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN) indicou que aviões de guerra israelitas atacaram "um apartamento residencial localizado no hotel Dar al-Salam", em Wardaniyeh, onde os meios de comunicação estatais afirmaram que foram encontradas "famílias deslocadas" da campanha de bombardeamentos israelitas iniciada há mais de duas semanas.
Wardaniyeh está localizada a norte de Sidon, a cidade mais a norte da linha marcada pelo rio Awali e a partir da qual o Exército israelita alertou há dois dias as populações costeiras para evitarem ir à praia ou navegar face a uma possível operação marítima.
Até agora, esta população não tinha sido alvo de ataques israelitas, que têm vindo a aumentar de alcance desde o início da campanha de bombardeamentos maciços contra o sul e leste do Líbano, mas também contra os subúrbios do sul de Beirute conhecidos como Dahye.
Segundo o Ministério da Saúde Pública libanês, no mais recente balanço, pelo menos 22 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas e 80 ficaram feridas em ataques israelitas contra o Líbano.
O sul do Líbano, com 12 mortos, e Bekaa (leste), com sete, são as populações mais afetadas no país pelas ações israelitas, acrescentou.
Este número eleva o número de mortos para 2.141 desde há um ano, embora a grande maioria tenha perdido a vida nas últimas duas semanas da ofensiva israelita, e o número de feridos para 10.099.
O Governo libanês estima que 1,2 milhões de pessoas abandonaram as suas casas devido aos ataques israelitas, que devastaram principalmente o sul do país, onde Israel realiza uma invasão terrestre que encontra resistência do grupo xiita Hezbollah.
Muitas destas pessoas deslocadas foram para segundas residências, apartamentos para alugar ou abandonaram o país, enquanto as autoridades asseguram que mais de 181 mil se registaram em abrigos criados pelo Governo em todo o Líbano.
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