"Obviamente queremos que as forças de manutenção da paz estejam seguras e protegidas", destacou a porta-voz da Casa Branca (presidência norte-americana), Karine Jean-Pierre, em conferência de imprensa.
Jean-Pierre recusou-se a fazer mais comentários sobre o ataque desta manhã de Israel a uma base da FINUL.
Pelo menos dois soldados da paz ficaram feridos no ataque israelita contra uma torre de vigia na sede da FINUL, num dos pelo menos três ataques atribuídos a Israel contra tropas da ONU nas últimas 24 horas.
"O quartel-general em Naqoura e posições próximas foram atingidos repetidamente nos últimos dias", denunciou a missão de paz sobre a situação das suas tropas, envolvidas no fogo cruzado entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah.
Após este incidente, o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, informou em Nova Iorque que os capacetes azuis da FINUL continuam destacadas porque "têm um papel vital na garantia da estabilidade nesta parte" do sul do Líbano.
O exército israelita confirmou hoje ter disparado perto da sede da FINUL, mas ressalvou ter advertido os capacetes azuis para se abrigarem.
As autoridades militares israelitas sublinharam que as milícias libanesas operam "dentro e perto de zonas civis no sul do Líbano", incluindo algumas próximo de postos de controlo ou instalações da FINUL.
Durante as suas operações terrestres no sul do Líbano contra o grupo xiita libanês Hezbollah, as Forças de Defesa de Israel (FDI) mantêm uma "comunicação de rotina" com a FINUL, segundo as forças israelitas.
Este incidente ocorre durante a ofensiva terrestre contra o sul do Líbano lançada há pouco mais de uma semana pelo exército israelita como parte de uma ofensiva total contra a milícia Hezbollah.
As FDI lançaram "bombardeamentos seletivos", incluindo na capital libanesa, Beirute, matando o líder do grupo islamita, Hassan Nasrallah.
Estes confrontos entre Israel e o Hezbollah ocorrem no âmbito de hostilidades regionais, desencadeadas depois de o movimento islamita Hamas ter lançado uma ofensiva contra Israel, em 7 de outubro de 2023, na qual matou cerca de 1.200 pessoas e fez 251 reféns.
Israel respondeu com uma ofensiva sangrenta na Faixa de Gaza, que causou até agora mais de 42.000 mortos, e outros grupos islamistas da região, como o Hezbollah do Líbano e os Huthis do Iémen, lançaram ataques contra o território israelita em apoio aos palestinianos.
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