"Decidimos (...) pedir ao Conselho de Segurança da ONU que adote uma resolução para um cessar-fogo imediato e completo", declarou Najib Mikati numa conferência de imprensa após uma reunião do Conselho de Ministros libanês, sublinhando, pela primeira vez, que o Hezbollah "também está de acordo".
Mikati sublinhou "o compromisso do Governo libanês de aplicar a decisão 1701 do Conselho com todas as suas cláusulas, incluindo o destacamento do exército para o sul do Líbano e o reforço da sua presença na fronteira libanesa de forma a garantir a correta aplicação desta resolução".
A resolução 1701, que colocou um fim a um conflito entre Israel e o Hezbollah em 2006, prevê a cessação das hostilidades de ambos os lados da fronteira e que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o exército libanês podem ser destacados para o sul do Líbano.
"O Hezbollah está de acordo com esta questão", acrescentou Mikati.
O grupo xiita informou as autoridades libanesas do seu acordo de cessar-fogo com Israel no dia em que o seu líder, Hassan Nasrallah, foi morto por um ataque israelita, a 27 de setembro, disse à agência France-Presse (AFP) uma fonte governamental libanesa.
Até então, o poderoso grupo pró-iraniano tinha condicionado qualquer cessar-fogo no Líbano ao fim dos combates em Gaza entre o seu aliado palestiniano Hamas e o exército israelita.
Mikati também denunciou como "crime" os ataques contra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), que foi alvo de fogo israelita durante dois dias consecutivos, ferindo pelo menos quatro capacetes azuis.
Desde outubro de 2023, mais de 2.100 pessoas foram mortas no Líbano, das quais cerca de 1.200 desde a escalada de 23 de setembro deste ano, quando o exército israelita intensificou a sua ofensiva contra o Hezbollah, com bombardeamentos no sul do Líbano e na capital, Beirute.
Há pouco mais de uma semana, Israel iniciou também uma incursão terrestre no sul do Líbano.
[Notícia atualizada às 12h47]
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