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Disparos contra força da ONU no Líbano "não são aceitáveis"

Os disparos do exército israelita contra os capacetes azuis da forças de manutenção de paz no Líbano (FINUL) "não são aceitáveis", disse hoje a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que tem quase mil militares deslocados nessa missão.

Disparos contra força da ONU no Líbano "não são aceitáveis"
Notícias ao Minuto

11/10/24 22:30 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O quartel-general da FINUL e duas bases italianas foram atingidas por disparos das forças israelitas (...). Isso não é aceitável e viola o que está estabelecido" pelas resoluções das Nações Unidas, declarou Meloni no decurso da cimeira no Chipre dos países mediterrânicos da União Europeia.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou hoje "inaceitáveis" os ataques de que a força de manutenção de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) foi alvo, considerando que Israel está a "usurpar" a sua legitimidade para atuar.

Falando no final da XI Cimeira dos Países do Sul da União Europeia (MED9) em Pafos, Chipre, e que foi dominada pelo alastramento do conflito no Médio Oriente com as operações militares israelitas no Líbano, que entre quinta-feira e hoje provocaram feridos entre os 'capacetes azuis' da ONU, Rangel considerou que se vive "uma situação muito preocupante" e apelou à contenção "de todos, mas em particular" de Israel.

A ONU afirmou hoje que não existem "neste momento" planos para reposicionar as forças da FINUL, que estão alegadamente a ser alvo de ataques de Israel no sul do país.

"Neste momento" não há qualquer ideia de reposicionar a força de paz da FINUL sob fogo no sul do Líbano, declarou o porta-voz da ONU Farhan Haq, em resposta a perguntas da comunicação social.

Dois capacetes azuis indonésios e dois cingaleses foram feridos nos alegados ataques, que o Exército israelita diz terem sido acidentes em confrontos com o movimento xiita libanês Hezbollah, que está, segundo Israel, a usar as tropas da ONU como escudos humanos.

Na quinta-feira, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, transmitiu às autoridades israelitas a importância de garantir a segurança das tropas da Força Interina das Nações Unidas no Líbano.

Austin manteve então uma conversa telefónica com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, - quando ainda havia só dois capacetes azuis feridos - na qual discutiram a situação no Médio Oriente e a evolução da ofensiva israelita no Líbano e também na Faixa de Gaza.

"O secretário Austin também sublinhou a importância de garantir a segurança das forças da FINUL na zona e instou à coordenação de esforços para se passar das operações militares para uma via diplomática o mais rapidamente possível", segundo um comunicado do Pentágono.

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