"Ataques deliberados contra capacetes azuis ou instalações da UNIFIL são inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu os termos do cessar-fogo que encerrou a guerra de 2006", lê-se num comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo o Itamaraty, "as partes têm obrigação de assegurar a proteção dos capacetes azuis e a inviolabilidade das instalações da UNIFIL, de forma a permitir que a missão possa seguir plenamente cumprindo seu mandato na Linha Azul [linha de referência da ONU para auxiliar no monitoramento da separação implementada a partir de 2006]".
A nota do Governo brasileiro é uma reação aos dois incidentes que ocorreram hoje com as forças das Nações Unidas no terreno.
Na sequência de duas explosões que atingiram hoje o quartel-general da missão em Naqoura, dois capacetes azuis, com nacionalidade do Sri Lanka, foram feridos, encontrando-se um deles em estado crítico.
Outro incidente ocorreu nas proximidades de Labbouneh, envolvendo a aproximação de um veículo das forças israelitas ao perímetro da missão, que resultou em danos para as infraestruturas da ONU.
O Governo brasileiro referiu mais uma vez "a necessidade de cessação imediata das hostilidades e de uma solução diplomática ao conflito, com vista a alcançar paz abrangente, justa e duradoura no Médio Oriente".
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