Uma investigação por toda a Europa resultou na detenção de sete pessoas acusadas de venderem vinho barato e de baixa qualidade por cerca de 15 mil euros. Os criminosos vendiam a bebida alcoólica disfarçada em garrafa de vinho francês vintage.
O gangue está acusado de falsificar garrafas de Grand Cru, em Itália, e depois colocarem-nas à venda entre "comerciantes de vinho honestos" em todo o mundo.
A polícia apreendeu uma "grande quantidade" de garrafas, adesivos e produtos de cera falsificados após buscas em dezenas de localidades como Turim, Milão e Paris. Para além dessas apreensões descobriram, também, "máquinas técnicas para colocar as rolhas novamente nas garrafas", computadores, telemóveis e relógios de luxo avaliados em cerca de 1.4 milhões de euros. Mais de 100 mil euros foram ainda apreendidos de propriedades em Itália e França.
As detenções surgem na sequência de uma investigação realizada por parte da polícia francesa e que contou com o apoio das autoridades italianas e suíças e com a ajuda das agências Europol e Eurojust. Segundo as autoridades, os suspeitos terão feito mais de 2 milhões de euros de lucro com esta fraude.
"Ao trabalhar com gráficas na Itália, o grupo conseguiu recriar rolhas e rótulos de vinícolas famosas francesas", afirmou um porta-voz do Eurojust, que revelou que "o vinho falsificado era então entregue num aeroporto italiano e levado para o exterior para ser vendido a valor de mercado em todo o mundo por comerciantes de vinho".
Durante a investigação, os agentes encontraram uma ligação com outro caso de falsificação de vinho, que remonta a 2015 e que levou à detenção de um cidadão russo. As autoridades dizem que novas falsificações começaram a surgir em 2019, com maior impacto nos mercados suíços e italianos, em garrafas equipadas com cópias de novos recursos de segurança.
A descoberta permitiu que a polícia rastreasse os vinhos, através de rotas de distribuição, até à sua origem.
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